Associação GARE quer limite de 30 km/h nas áreas urbanas de Évora

A GARE - Associação para a Promoção de uma Cultura de Segurança Rodoviária propôs à Câmara de Évora que passe a limitar a 30 quilómetros por hora a circulação rodoviária nas áreas urbanas do concelho, à semelhança do que já sucede nalgumas artérias, como a Praça do Giraldo ou a Rua de Serpa Pinto.

“Não vejo com maus olhos a redução da velocidade, mas, mais importante do que definir um limite, é ter a garantia de como é que pode ser respeitado e se pode fazer respeitar”, afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá.

A proposta para limitar a velocidade nos 30 quilómetros por hora (km/h) em toda a área urbana do concelho foi apresentada pela GARE no Conselho Municipal de Segurança de Évora pela GAREe será debatida na próxima reunião deste órgão de consulta do município, marcada para segunda-feira.

“A ideia é que, fundamentalmente, Évora passe a ter em todas as zonas urbanas do concelho um limite de velocidade de 30 km/h”, diz o presidente da Associação, Adérito Araújo, observando que a medida já foi adotada em várias cidades europeias.

Segundo Adérito Araújo,“está mais do que provado” que a medida “tem enormes vantagens, nomeadamente em termos de segurança e para o ambiente, e, contrariamente ao que muitas pessoas pensam, o trânsito não fica menos fluído”.

“Nas cidades europeias que já adotaram a medida, o número de atropelamentos de peões e ciclistas está a diminuir e o ambiente também melhora, já que, com velocidades mais baixas, há menos combustão e menos fumos”, argumentou o dirigente da GARE, advertindo que a fixação do limite de velocidade nos 30 km/h obriga a mudanças na circulação rodoviária, com alterações em alguns cruzamentos e criação de novas rotundas, para não congestionar o trânsito.

Já o presidente da Câmara de Évora lembra que o município está a aplicar este limite de velocidade em várias zonas do concelho, nomeadamente em todo o centro histórico, adiantando que tenciona alargar a regra a outras áreas: “Temos vindo a reduzir, a pouco e pouco, o limite de velocidade, mas fazemo-lo, sobretudo como se pode ver no Rossio e noutras obras, através de intervenções urbanas que impedem que os automobilistas circulem a maiores velocidades”.

Considerando que “a redução da velocidade não se faz por decreto”, Carlos Pinto de Sá defendeu que esse objetivo terá que ser atingido através de alterações nas vias, como a colocação de travessias elevadas. “Temos que analisar em cada área qual deve ser a velocidade adequada para o trânsito e tomar as medidas do ponto de vista físico que garantam que a velocidade é adequada”, sublinhou.

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