Em comunicado, a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Baixo Alentejo (lamenta que, apesar da previsão inicial, estes meios aéreos não tenham sido disponibilizados no mês de junho. “Infelizmente, neste mês de junho (fase Charlie), não contámos com estes dois meios aéreos no Baixo Alentejo”, refere a CIM em comunicado.
A estrutura intermunicipal sublinha que a presença destes helicópteros é fundamental para garantir a rapidez na primeira intervenção, evitando a propagação dos incêndios.
“Considerando a área geográfica de abrangência, as consideráveis distâncias entre os corpos de bombeiros voluntários, as áreas florestais/rurais do território, com especial incidência nas de proteção especial em termos ambientais e de preservação de biodiversidade, e também o facto da acumulação de muita matéria combustível, devido às chuvas tardias do corrente ano, a designada primeira intervenção torna-se absolutamente fundamental para precaver a propagação dos incêndios, de forma a evitar o colocar em perigo pessoas e bens”, alerta a CIM do Baixo Alentejo.
Segundo o comunicado, os helicópteros ligeiros são “essenciais, devido à célere mobilização, à facilidade da sua operação e à rapidez com que podem chegar à ocorrência”. Os autarcas acrescentam que “muitos pequenos focos de incêndio não passam disso mesmo, em virtude desta primeira intervenção aérea”.
A CIM refere a presença provisória de um bombardeiro pesado de combate a incêndios em Ourique, mas sublinha que este meio tem “características e operacionalização totalmente distintas”. De acordo com os autarcas, “os helicópteros ligeiros funcionam, de forma eficaz, como meios de ataque inicial evitando a propagação dos incêndios, quando ativados de forma célere e chegando ao evento, ainda numa fase inicial do mesmo”.
Já o bombardeiro pesado “necessita de um considerável período de tempo (entre 30 a 40 minutos) para poder levantar voo” e é considerado importante “numa fase posterior do ataque ao incêndio”.
Os autarcas acrescentam ainda que, apesar de o número de ocorrências não ter aumentado significativamente face a anos anteriores, “a área ardida nos 13 concelhos do Baixo Alentejo já ultrapassa os 700 hectares, muito superior ao mesmo período dos últimos anos”.
Face a esta situação, a CIM quer que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, entidade responsável pela distribuição dos meios, “disponibilize os dois helicópteros bombardeiros ligeiros, previstos no Decid 2025, nos heliportos de Moura e Ourique, o mais urgente possível”.