Numa resposta a questões colocadas pela agência Lusa através de correio eletrónico, a IP indicou que a bactéria foi detetada “em alguns locais das instalações” sob sua gestão nas estações de Beja e Cuba, na sequência de “ações de controlo”, determinadas por lei.
“A IP tomou de imediato as medidas necessárias e adequadas em prol da saúde de colaboradores e utentes”, adiantou, precisando que foi suspenso o fornecimento de água e interdita a utilização de instalações sanitárias, chuveiros e copas.
Segundo a empresa pública, para solucionar a situação o mais rápido possível, está prevista “uma limpeza e desinfeção por aplicação de biocidas com recurso a choque químico da tubagem, a realizar por uma empresa especializada contratada”, sendo que aapós a execução da limpeza e desinfeção, “serão realizadas novas colheitas para análise”, realçou.
Estas ações, salientou, serão “realizadas com a periodicidade estabelecida na legislação em vigor” e “executadas sempre que necessário até que o problema seja debelado”.
“A IP está a monitorizar a evolução destas situações e, até ao momento, não existe conhecimento de qualquer infeção em colaboradores ou utentes destes espaços”, acrescentou a empresa.
Esta bactéria já tinha sido detetada, no final de novembro de 2024, em casas de banho e outras instalações nas estações ferroviárias de Beja e Cuba, o que levou, na altura, ao seu fecho temporário por precaução.
A bactéria ‘legionella’ é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia.
Podendo ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada, a infeção, apesar de grave, tem tratamento.