Bactéria que ataca oliveiras detetada em 28 explorações do Alto Alentejo

A Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) confirmou a presença da bactéria “Xylella fastidiosa” em 73 amostras recolhidas nos concelhos de Marvão e Portalegre, num total de 28 zonas infetadas.

Num edital publicado pelo Governo e assinado pela subdiretora-geral da DGAV, Ana Paula Garcia, é referido que a bactéria está instalada em zonas das freguesias de São Salvador da Aramenha, em Marvão, e em Reguengo e São Julião, em Portalegre.

“Assim, a presença da bactéria Xylella fastidiosa foi laboratorialmente confirmada em 73 amostras, colhidas na freguesia de São Salvador da Aramenha (Marvão) e de Reguengo e São Julião (Portalegre), perfazendo assim um total de 28 zonas infetadas na zona demarcada para Xylella fastidiosa de Marvão”, pode ler-se no edital.

Segundo a DGAV, a zona demarcada para Xylella fastidiosa exigiu uma atualização da zona demarcada e um reforço das medidas de erradicação da bactéria. As medidas incluem a destruição imediata dos vegetais infetados nas zonas afetadas, após a realização de um tratamento fitossanitário adequado contra a população de potenciais insetos vetores.

Também os vegetais das mesmas espécies existentes nas zonas infetadas, bem como as espécies já detetadas infetadas na zona demarcada, devem ser eliminados, sendo também necessário realizar tratamentos fitossanitários na zona infetada.

A proibição de plantação dos vegetais dos géneros e espécies detetadas infetadas naquela zona demarcada é outra das medidas, bem como o movimento de qualquer vegetal destinado a plantação (exceto sementes) para fora da zona demarcada e das zonas infetadas para a zona tampão. Está também proibida a comercialização de vegetais destinados a plantação dos géneros e espécies infetadas em feiras e mercados da zona demarcada.

Classificada como “bactéria de quarentena” pela Organização Europeia para a Proteção das Plantas (EPPO), a Xylella fastidiosa foi detetada pela primeira vez em Portugal em janeiro de 2019, em plantas de lavanda num zoo em Vila Nova de Gaia, no Porto.

A bactéria é transmitida pelo inseto Philaenus spumarius (vulgarmente conhecido como cigarrinha-da-espuma), que se alimenta do xilema das plantas e cujo ciclo se inicia na primavera. Esta bactéria afeta um elevado número de espécies de plantas ornamentais e também espécies de culturas como a oliveira, a amendoeira, a videira ou a figueira.

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