“Desde a primeira hora que senti sempre um grande acolhimento e generosidade da população. Esta grande vitória não foi uma surpresa para quem esteve no terreno e, agora, vamos retribuir em trabalho”, afirmou o autarca.
Candidato pela primeira vez à presidência da autarquia, Álvaro Beijinha sublinhou que uma das prioridades será a “reestruturação [interna] da Câmara e do espaço público”. Ao mesmo tempo, o novo Executivo vai reclamar do Governo “mais investimento público” em Sines, um território que considera essencial para o desenvolvimento nacional.
“Talvez uma das medidas mais imediatas é o pedido de uma reunião ao primeiro-ministro para discutir Sines, que merece uma atenção especial do Governo, [porque é] onde estão os maiores investimentos privados e públicos, e até convidá-lo a visitar Sines para perceber que é muito importante haver investimento público”, afirmou.
O autarca reconheceu que a Câmara “por mais que queira fazer, não tem recursos financeiros” para resolver “problemas de fundo como os da habitação”, e assegurou que o novo executivo vai “trabalhar no planeamento” do concelho e apostar “muito investimento na melhoria do espaço público”.
Já a candidata do PS, Filipa Faria, admitiu a derrota e considerou que os eleitores penalizaram o atual executivo, liderado por Nuno Mascarenhas, que não se recandidatou devido à limitação de mandatos, “por uma parte da cidade pouco cuidada”.
Apesar do “decréscimo significativo” de votos, Filipa Faria garantiu que aceita “com humildade aquilo que foi a votação” e prometeu “continuar a trabalhar no sentido de melhorar as próximas votações e fazer um trabalho interno de reflexão sobre estes resultados”.
De acordo com os dados do Ministério da Administração Interna, a CDU obteve 40,72% dos votos e conquistou três mandatos, seguida do movimento independente MAIS, com 23,37% e dois vereadores. O PS obteve 16,61% e um mandato, e a coligação PSD/CDS-PP alcançou 12,14%, elegendo igualmente um vereador.
Dos 12.021 eleitores inscritos em Sines, votaram 7.340 (61,06%). Os votos brancos representaram 0,82% e os nulos 0,69%.
Texto: Alentejo Ilustrado/Lusa | Fotografia: D.R.











