Diamantino Conceição, da Areanatejo, explica que o minilaboratório vai demonstrar todo o ciclo do hidrogénio renovável e a sua aplicação no setor dos transportes. Esta iniciativa, financiada por fundos comunitários, contando com parceiros portugueses, espanhóis e franceses, tendo uma duração de 36 meses e um investimento no total superior a 1,6 milhões de euros.
“Dentro deste projeto existe este minilaboratório demonstrativo, que deverá ficar concluído no início de setembro e uma das componentes é possuir uma bicicleta elétrica movida a hidrogénio”, acrescenta Diamantino Conceição, revelando que o projeto “pretende demonstrar o ciclo do hidrogénio renovável e a sua utilização num meio de transporte, neste caso é uma bicicleta”.
O laboratório irá captar energia solar através de fontes renováveis e vai produzir o hidrogénio por eletrólise e fazer o seu armazenamento para depois ser aplicado na prática no setor dos transportes. “Sendo um minilaboratório, esta aquisição (bicicleta) é uma peça fundamental para demonstrar a sua aplicabilidade”, sublinhou.
A bicicleta movida a hidrogénio apresenta-se como “a primeira bicicleta elétrica alimentada por célula de combustível no mercado”, fornecida por uma empresa francesa, que utiliza uma célula de hidrogénio para gerar eletricidade. Além disso possui uma autonomia com carregamentos de hidrogénio de “cerca de dois minutos”, tendo depois uma autonomia de cerca 150 quilómetros.
“O objetivo é contribuir para uma mobilidade urbana mais sustentável, permitindo a divulgação e promoção do hidrogénio como solução energética, através do estímulo e aplicação de tecnologias emergentes, contribuindo para a maximização da participação renovável no sistema energético nacional”, indicam os promotores.
Diamantino Conceição explica que o minilaboratório “será móvel”, embora esteja sediado no “Centro Valoriza” do IPPortalegre. “A ideia é que circule pelo território do Alto Alentejo, pelos municípios associados da Areanatejo, fazendo demonstrações didáticas ou em fóruns da temática, mostrando todo o ciclo de funcionamento”, frisa, acrescentando que a ideia “é demonstrar a aplicabilidade desta fonte, desta tecnologia em termos de mobilidade”.
Com o objetivo de contribuir para uma mobilidade urbana mais sustentável, permitindo a divulgação e promoção do hidrogénio como solução energética, através do estímulo e aplicação de tecnologias emergentes, o laboratório contou com um investimento de cerca de 10 mil euros.