Contactado pela agência Lusa, o candidato explicou que aceitou o desafio para “dar um sinal de vida” do BE no distrito de Portalegre, depois das “conturbações que tem havido” e que poderão ter levado o eleitorado da região a questionar se “provavelmente o BE já tinha uma certidão de óbito”.
José Carita Monteiro referia-se ao facto de 73 militantes do BE, entre os quais os responsáveis da comissão coordenadora distrital e das concelhias, terem-se demitido em fevereiro, por divergências com a direção nacional.
“Sou candidato para modificar um pouco a imagem que o BE tem no distrito porque nós, felizmente, temos muitas pessoas que respeitam a democracia e que apontam para caminhos contra a desertificação e em defesa da coesão”, disse.
Questionado sobre se a saída de militantes dificulta o trabalho do Bloco na região, José Carita Monteiro descarta essa possibilidade, sublinhando que “as tropas estavam muito inquinadas”.
Para o candidato, a saída de mais de 70 militantes do BE vai tornar a “tarefa mais facilitada”, permitindo ao partido desenvolver um trabalho de “forma coesa” e “sem corrupção ideológica”.
José Carita Monteiro já concorreu por três ocasiões ao município de Alter do Chão, nas eleições autárquicas, tendo a última vez ocorrido em 2017 pelo BE.