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Breno Teixeira: “A tirania cítrica!”

A opinião de Breno Teixeira (escritor)

Quando se trata de uma Coca-Cola gelada, o limão é aquele ditador que ninguém convidou, mas que sempre aparece na festa. Imagine só, você está lá, feliz da vida, prestes a saborear sua bebida favorita, quando de repente… BAM! Um golpe de estado cítrico! O limão chega, se acomoda no trono de gelo e declara: “Eu sou o sabor agora”.

E não importa quantas vezes você diga “sem limão, por favor”, ele sempre encontra um caminho, como um verdadeiro mestre da espionagem. Ele se infiltra, se espreme e antes que você perceba, sua Coca-Cola se transformou em um comício sobre os benefícios da vitamina C.

Mas nem tudo está perdido. Alguns rebeldes preferem a resistência, removendo o intruso ácido com uma pinça ou uma colher. Outros, porém, se rendem ao regime do limão, aceitando que talvez, só talvez, haja um toque de frescor naquela ditadura gelada.

Então, da próxima vez que você pedir uma Coca-Cola e encontrar um limão lá, lembre-se: é uma batalha de sabores, e o limão está jogando para ganhar! Num reino gelado de bolhas efervescentes, onde a escuridão doce da Coca-Cola reina suprema, o limão, esse usurpador cítrico, se proclama o novo monarca do sabor “Aqui quem manda sou eu!”, ele anuncia, enquanto os cubos de gelo tremem sob seu domínio.

Os cidadãos da Coca-Cola, outrora livres em sua doçura caramelizada, agora se veem sob o jugo do regime limonístico. Alguns, em desespero, tentam negociar com o tirano, pedindo uma trégua. “Por favor, sem limão desta vez”, sussurram eles, mas suas súplicas são ignoradas. O limão, em sua tirania, não conhece misericórdia.

Enquanto isso, em cantos escondidos do copo, a resistência se organiza. Há aqueles que, com palitos e colheres, tentam destituir o limão de seu pedestal gelado. Eles manobram habilmente, removendo o intruso e restaurando a ordem original da bebida. Mas a luta é árdua, pois o limão é astuto e sempre retorna, às vezes disfarçado entre as rodelas de gelo, outras vezes espremido furtivamente, deixando seu rastro de frescor revolucionário.

Porém, nem todos veem o limão como um tirano. Há aqueles que o saúdam como um herói, um libertador que traz um novo sabor à monotonia do refrigerante. Eles brindam à sua saúde, celebrando a diversidade que ele traz ao copo. “Viva o Limão!”, exclamam, enquanto a Coca-Cola borbulha em um misto de confusão e efervescência.

No fim, a ditadura do limão no copo de gelo para a Coca-Cola é uma história de conflito e contraste, uma batalha épica entre o doce e o ácido, a tradição e a inovação. E enquanto a luta continua, uma coisa é certa: o reino da Coca-Cola nunca mais será o mesmo.

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