Bruxelas quer atrair jovens para a agricultura com apoios até 300 mil euros

A Comissão Europeia apresentou um conjunto de medidas para atrair jovens à agricultura, incluindo um apoio financeiro até 300 mil euros por beneficiário e o reforço das linhas de crédito através do Banco Europeu de Investimento, no âmbito de um “pacote para iniciantes” integrado na Política Agrícola Comum.

De acordo com a proposta apresentada pelo executivo comunitário europeu, a Comissão quer um “pacote para iniciantes” (assim denominada no documento apresentado), para jovens que queiram investir na agricultura, dotado em 300 mil euros, e que vai estar incluído na Política Agrícola Comum (PAC), o conjunto de regras comunitárias para prevenir desequilíbrios na produção e comércio agrícola. 

O executivo de Ursula von der Leyen quer também que haja mais dinheiro disponível para acesso de jovens agricultores e que o BEI entre nesta aposta da União Europeia (UE) com linhas de crédito favoráveis e que fomentem o investimento. 

Em simultâneo, a Comissão Europeia quer criar um observatório, uma entidade com a responsabilidade de supervisionar a transparência na produção agrícola e na aquisição de terrenos.

“Isto vai ajudar os agricultores a terem acesso a terrenos disponíveis, apoiar a sucessão de agricultores, dar informações sobre legislação, prevenir a especulação e facilitar a entrada de estreantes na agricultura”, sustentou a Comissão Europeia na documentação disponibilizada. 

Entre as medidas apresentadas na proposta, o executivo comunitário europeu quer criar “serviços de alívio agrícola”, ou seja, uma “bolsa” de trabalhadores para “substituir agricultores quando estiverem doentes, de férias ou a cuidar de familiares, para melhorar o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal”.

Estas medidas fazem parte de um pacote legislativo que visa assegurar a sucessão geracional de agricultores e atrair jovens para este setor.

De acordo com a Comissão Europeia, a idade média dos agricultores na União Europeia é de 57 anos e apenas 12% da totalidade nos 27 países do bloco político-económico tem menos de 40 anos, sendo por isso considerados agricultores jovens.

“Este desequilíbrio representa um risco para a segurança alimentar a longo prazo, para a autonomia estratégica da União Europeia na produção alimentar e para a sustentabilidade das paisagens agrícolas europeias”, adverte Bruxelas.

Texto: Alentejo Ilustrado/Lusa | Fotografia: Arquivo/D.R.

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