Câmara de Santiago pede reunião ao Governo para discutir estradas

O presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, solicitou uma reunião, com caráter de urgência, ao Governo para exigir melhorias nas vias paralelas ao Itinerário Principal 8 (IP8), que está a ser intervencionado.

Em comunicado, o Município de Santiago do Cacém revelou que o encontro foi solicitado, esta semana, ao secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo.

Na reunião, a autarquia pretende abordar problemas que “têm afetado gravemente os moradores que vivem próximo” deste troço do IP8, nas áreas de Santa Cruz e de São Francisco da Serra, no interior do concelho.

O pedido surge depois de o autarca ter reunido com os utilizadores que, em outubro do ano passado, lançaram um abaixo-assinado para exigir melhorias nas vias rurais paralelas àquele itinerário.

No abaixo-assinado, com mais de 600 assinaturas, os promotores alertam para “o atual nível de degradação” das vias rurais que “prejudica diretamente todas as viaturas” que por ali circulam e solicitam a “colocação de pavimento duradouro, em alcatrão ou similar”.

A obra, a cargo da Infraestruturas de Portugal (IP) e financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), “prevê a melhoria das condições de circulação e segurança”, com a duplicação do troço do IP8, com cerca de 15 quilómetros, entre o nó de Roncão e Relvas Verdes, no concelho de Santiago do Cacém.

Apesar de considerar esta obra “imprescindível” para o desenvolvimento deste território, o autarca reconheceu que “o alargamento da via de duas para quatro faixas, em perfil de autoestrada”, está a pôr “em causa o acesso das pessoas às suas habitações”.

A situação tem “vindo a agravar-se significativamente nas últimas semanas, não se vislumbrando que o principal acesso paralelo ao IP8, da responsabilidade da IP, venha a ser reparado”, acrescentou.

Álvaro Beijinha manifestou ainda preocupação em relação a possíveis restrições aos moradores que venham a ser implementadas, após a conclusão da obra.

“Há um conjunto de incertezas que, tanto a câmara como os moradores, não conseguiram esclarecer relacionado com possíveis restrições, vedação de acessos e limitações que as pessoas possam vir a ter, após a conclusão da obra”, vincou.

Após a reunião com o Governo, o autarca disse pretender “ir ao terreno” para encontrar, em conjunto com “o dono da obra”, ou seja a IP, “soluções para os constrangimentos resultantes” desta intervenção.

Para a reunião, se e quando for marcada, Álvaro Beijinha será acompanhado pelos presidentes das juntas de freguesia Santiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartolomeu e São Francisco da Serra, bem como por dois representantes dos moradores/proprietários das áreas afetadas.

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