“A CAP exige que o Governo português, num contexto de defesa do livre comércio, proteja ativamente a fileira do vinho português, que contabiliza mais de 300 mil operadores em todos os elos da cadeia de valor, desde a produção à venda”, refere fonte da Confederação.
Perante o aumento de tarifas sobre as importações de aço pelos Estados Unidos, a União Europeia avançou com o aumento das tarifas para a importação de Bourbon (Whiskey americano), entre outros produtos. Os EUA, por sua vez, ameaçaram taxar a 200% os vinhos e espumantes europeus.
Os agricultores reclamam que o executivo português atue junto da Comissão Europeia, de modo a que sejam analisadas as justificações para a escolha do Bourbon como resposta a taxas sobre o alumínio.
A organização assinala que as retaliações baseadas em critérios que elegem outras categorias de produtos, como as bebidas, podem provocar “a determinação ou ameaças de novas tarifas para novos produtos”.
Para a CAP, o Governo português deve exigir a Bruxelas uma “reponderação cuidadosa” dos produtos abrangidos, assinalando que “retaliar por retaliar” é algo que deve ser evitado, uma vez que as consequências para a economia têm de ser avaliadas.
Ainda assim, vincou que a União Europeia não pode assistir impávida a imposições de tarifas por qualquer Estado e deve responder, de forma proporcional e inteligente a qualquer ataque.
Por outro lado, pede que o Governo avance com um “plano robusto de reforço financeiro” para a promoção dos vinhos em mercados alternativos de exportação, tendo em conta que as exportações para o mercado norte-americano representaram cerca de 100 milhões de euros no ano passado.
A Confederação liderada por Álvaro Mendonça e Moura considera que o Governo, apesar de estar em gestão, tem todas as condições para apresentar, num curto prazo, um reforço das verbas para a promoção do vinho nos mercados externos.
“A União Europeia não pode obviamente assistir impávida a imposições de tarifas aduaneiras por qualquer Estado e deve responder rápida, proporcional, mas inteligentemente a qualquer ataque aos seus interesses. A necessidade imperiosa agora é de dialogar com firmeza”, sublinha.