“Contrataremos uma auditoria técnica funcional e financeira que, uma vez concluída, será do conhecimento público”, disse o novo presidente, no seu discurso após tomar posse, acrescentando que o objetivo é “semear a confiança em relação ao futuro e aplicar uma cultura de transparência em todo o funcionamento da autarquia”.

De acordo com o Carlos Zorrinho, para que o novo Executivo possa “tomar as decisões adequadas e fundamentadas e consolidar o [seu] poder negocial em dossiês externos, é determinante [ter] um conhecimento o mais profundo possível do ponto de partida”.

Zorrinho discursava na cerimónia de tomada de posse dos órgãos autárquicos de Évora, que decorreu esta sexta-feira, ao final da tarde, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

Em declarações aos jornalistas, no final, o autarca, que disse que a auditoria será lançada “o mais depressa possível” de acordo com as regras da contratação pública, explicou que “há muitas coisas em que há dúvidas sobre o ponto em que estão os dossiers” e também “qual é exatamente a dívida” da Câmara, pelo que o processo servirá para esclarecer essas matérias.

Na sua intervenção, prometeu “trabalhar diariamente por uma maioria estável e por uma governação sólida do concelho”, com a preocupação de “envolver e dialogar com todos”, porque “o diálogo construtivo é uma condição de sucesso coletivo”.

Lembrando que os eleitores votaram num “virar de página”, o autarca disse que vai aplicar o seu programa, mas reconheceu que não parte de “uma página em branco”, antes de “uma página que está aberta a ser melhorada todos os dias”. 

Carlos Zorrinho marcou ainda para 05 de novembro, às 15h00, a primeira reunião de Câmara deste novo executivo, e, até lá, revelou que vai agendar reuniões de trabalho com os vereadores eleitos pelas diversas forças políticas para iniciar o “diálogo construtivo”.

Entre as suas primeiras ações como presidente da câmara estão reuniões com os trabalhadores do município, conhecer melhor os dossiês, lançar as medidas do Plano de Emergência que propôs ou “concretizar um programa de melhoria dos procedimentos internos e de resposta atempada e transparente às solicitações externas”.

As outras serão “contribuir ativamente para desbloquear processos pendentes com o Governo e outras entidades públicas e privadas, cuja resolução é fundamental para o desenvolvimento do concelho” e “lançar as bases da criação do Gabinete de Projetos do Município e do desenvolvimento do seu Sistema de Informação Integrada”, acrescentou.

Texto: Alentejo Ilustrado/Lusa | Fotografia: D.R.