O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, criticou a “pequenina guerra de alecrim e manjerona” que, segundo disse, está a bloquear a conclusão do novo Hospital de Évora. No comício de apresentação da candidatura de Carlos Zorrinho à presidência da Câmara Municipal, na Praça do Giraldo, Carneiro apelou à intervenção direta do primeiro-ministro.
“Quero daqui interpelar o Governo e o primeiro-ministro que não podemos ficar bloqueados numa pequenina guerra de alecrim e manjerona entre disputas de competências e que finalmente se coloque esse hospital ao serviço do país e ao serviço desta importante região”, afirmou.
O líder socialista considerou “incompreensível” que a obra esteja travada por questões relacionadas com acessos e infraestruturas, apesar de o investimento de 13,8 milhões de euros para esse efeito já ter sido aprovado em Conselho de Ministros em abril. O Governo estima que o hospital fique concluído no final de 2026 ou início de 2027.
Em julho, o presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá (CDU), tinha desafiado o Governo a assinar “já amanhã” o protocolo que permitirá ao município avançar com os acessos. A posição surgiu em resposta às críticas do líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, que, após visitar a obra, apelou ao autarca para ser “mais diligente e proativo” e assinar “o protocolo que ainda não quis assinar, para que, pelo menos, depois de o hospital estar pronto, possam existir acessos num breve prazo”.
Carneiro acusou ainda a atual gestão da CDU de ter deixado a cidade parada no tempo. “Quando os outros andam para a frente e nós estagnamos significa verdadeiramente que estamos a andar para trás e é disso que se está a falar hoje aqui em Évora com a candidatura do Carlos Zorrinho. Ele tem as prioridades certas em relação ao modelo e ao projeto de desenvolvimento”, disse.
Sublinhando que “aspira a ser primeiro-ministro”, o secretário-geral do PS declarou ser “muito importante” que Évora conte com a “visão estratégica” de Zorrinho, porque “isso contribuirá a sul para afirmar Portugal no mundo”.
No final da intervenção, Carneiro apelou a todos os socialistas para que façam “uma campanha com elevação”. “Uma campanha que não deixe de apresentar as nossas propostas, que deixe de apresentar as nossas prioridades políticas mas façamo-la com elevação porque hoje a democracia está precisamente a carecer de cidadãs e de cidadãos que sejam todos os dias, nas suas atitudes e nos seus comportamentos, baluartes dos valores fundamentais da elevação cívica, da ética republicana”, concluiu.
Texto: Alentejo Ilustrado/Lusa | Fotografia: Nuno Veiga/Lusa











