Castro Verde homenageia arqueólogos Maria e Manuel Maia

Os arqueólogos Maria e Manuel Maia vão ser homenageados, a título póstumo, no sábado, em Castro Verde, numa iniciativa que pretende “valorizar o trabalho” de ambos “para a definição da história local e do país”.

A cerimónia, agendada para as 11h30 e promovida pela Câmara de Castro Verde e pela União de Freguesias de Castro Verde e Casével, vai decorrer junto ao Museu da Lucerna, nesta localidade, que Maria e Manuel Maia fundaram e onde foram conservadores.

Segundo a autarquia, a proposta de homenagear Maria e Manuel Maia, que eram casados, “partiu de um grupo de cidadãos” e inclui a execução de uma peça escultórica.

A obra, da autoria do ‘designer’ Joaquim Rosa, natural de Castro Verde, consiste numa peça em pedra, “concebida como homenagem à vida, ao trabalho e ao legado dos dois arqueólogos”.

Maria Adelaide Figueiredo Garcia Pereira Maia morreu em 2011, aos 64 anos, vítima de doença prolongada, 10 anos antes da morte de Manuel Maria da Fonseca Andrade Maia, em 2021, com 76 anos, também vítima de doença prolongada.

Ambos formados em História, Maria e Manuel Maia foram responsáveis por diversas escavações arqueológicas, com destaque para as realizadas no concelho de Tavira, no distrito de Faro, que permitiram a descoberta, em 1996, de uma peça do período islâmico conhecida como ‘Vaso de Tavira’.

Os dois arqueólogos dinamizaram igualmente diversas campanhas arqueológicas no concelho de Castro Verde, que dera, origem à descoberta de um depósito de lucernas romanas na freguesia de Santa Bárbara de Padrões.

Este achado acabou por dar origem ao Museu da Lucerna, na vila de Castro Verde, propriedade da cooperativa cultural Cortiçol, que conta cerca de 20 mil peças e do qual foram ambos conservadores.

No comunicado, a Câmara Municipal lembra que Maria e Manuel Maia foram duas “figuras de referência na arqueologia nacional”, tendo deixado “um importante legado às gerações futuras”.

O Município acrescenta que Maria e Manuel Maia “desenvolveram grande parte da sua atividade em Castro Verde, sempre com rigor científico, paixão e compromisso cívico, que em muito contribuiu, de forma indelével, para a identidade cultural e patrimonial deste território”.

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