Cechap inaugura exposição para assinalar 500 anos do nascimento de Camões

“Calípole e Camões, nos 500 anos do nascimento do poeta” é o título de uma exposição e palestra que marca o início das comemorações do quinto centenário do nascimento de Luís de Camões, promovidas pelo Centro de Estudos de Cultura, História, Artes e Patrimónios (Cechap), conjuntamente com o Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos da Universidade de Coimbra.

A inauguração da exposição, seguida de palestra, está agendada para as 16h00 do próximo dia 1 de dezembro, na Galeria Aqui d’El Arte, em Vila Viçosa.

Assinala o Cechap que “mum momento em que as musas inspiradoras da literatura e das artes plásticas coabitavam no mesmo templo, Luís Vaz de Camões cultivou uma forma de expressão profundamente marcada pela construção de imagens, através de estratégias ecfrásticas e metáforas visuais, combinadas com o engenho da linguagem simbólica”.

Acrescenta o Cechap que, desta forma, o poeta tornou assim “célebres” os conceitos clássicos da “muda poesia” e da “pintura que fala”, discutindo as relações “entre texto e imagem, em consonância com a sensibilidade renascentista que estimulava o criativo diálogo entre as artes fraternas, poesia e pintura”.

Para assinalar o quinto centenário do nascimento do autor de “Os Lusíadas”, em Vila Viçosa, a ideia é “focar o olhar nessa impressionante dimensão icónica dos versos camonianos, através de uma exposição que dá a conhecer um conjunto significativo de edições ilustradas da lírica e da épica, pertencentes de um colecionador particular”. 

Trata-se de uma “rara oportunidade” para se poderem “contemplar alguns exemplares dos magníficos volumes primorosamente publicados no âmbito das comemorações camonianas nos séculos XIX e XX”. 

Esta mostra bíblio e iconográfica coloca em evidência o modo como Camões perseguiu o objetivo de domar as lágrimas tristes causadas pelo reconhecimento da sua condição mortal com o prazer de “fabricar na fantasia fantásticas pinturas de alegria”. 

“Camões dominava com mestria a arte de representar a essência do ser humano, e, por isso, continua hoje a lançar-nos desafios de superação, confrontando-nos com as angústias da nossa existência. Não deixemos, pois, de responder ao seu apelo e estimar a sua arte”, refere ainda o Cechap, sublinhando que o programa completo de atividades que completam este ciclo de comemorações, a decorrer até maio do próximo ano, será brevemente divulgado.

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