De acordo com António Ceia da Silva, o Alentejo “foi a primeira região do país a alcançar uma taxa de execução de 100%” no anterior quadro comunitário de apoio, que no caso do Alentejo teve uma dotação inicial de 1080 milhões de euros.
Num discurso na Feira Internacional Agropecuária de Estremoz (FIAPE), o presidente da CCDR do Alentejo lembrou que, há três anos, o Alentejo 2020 estava com uma execução de apenas 30%, mas que irá encerrar, em setembro, com uma execução de cerca de 102%. “Temos alguma margem para que não se perca um cêntimo”, referiu, acrescentando que na avaliação final dos projetos “há sempre” alguns ajustes. “Da nossa parte, e da parte dos promotores, conseguimos alcançar os objetivos”.
Segundo a CCDR do Alentejo, este programa constituiu “um instrumento fundamental para impulsionar o desenvolvimento socioeconómico da região, através do financiamento de projetos que visam promover a inovação, a competitividade, a coesão territorial e a criação de emprego”.
“Ao atingir os 100% de taxa de execução, o programa demonstra a eficácia e a eficiência do Alentejo na gestão dos fundos europeus, garantindo que estes sejam aplicados de forma adequada e transparente, contribuindo assim para o crescimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida no território”, acrescenta.
Quanto ao Alentejo 2030, com uma dotação de 1,1 mil milhões de euros, a perspetiva é que ao longo deste ano sejam abertos avisos de candidaturas no montante de 472,5 milhões de euros. “Praticamente todos os dias são publicados avisos”, sublinhou António Ceia da Silva, destacando que a CCDR do Alentejo foi também a primeira do país a assinar os Pactos para a o Desenvolvimento e Coesão Territorial, atribuindo às Comunidades Intermunicipais a responsabilidade pela gestão de cerca de 450 milhões de euros.
“É a mais alta de sempre”, acrescentou o presidente da CCDR do Alentejo, segundo o qual este ciclo de fundos para as autarquias poderá incluir investimentos no ciclo urbano da água, isto é, nas redes de abastecimento e de saneamento público, além de que de serão “valorizados” os projetos supramunicipais. “As Câmara não podem continuar a trabalhar de forma isolada, isso não é bom para o território”, apelou.