Centro histórico de Évora sem cartazes na campanha… CDU discorda

PS, PSD/CDS-PP, Bloco de Esquerda, Chega, Iniciativa Liberal e Movimento Cuidar de Évora chegaram a um acordo com o Grupo Pro-Évora para não colocarem propaganda no centro histórico da cidade, classificado como Património da Humanidade. A CDU não participou na reunião e rejeita a proibição.

Seis das sete candidaturas já anunciadas à Câmara de Évora nas eleições autárquicas deste ano concordaram em não colocar propaganda política no centro histórico da cidade, classificado como Património Mundial pela Unesco.

O acordo, indicou o Grupo Pro-Évora, foi estabelecido por PS, PSD/CDS-PP, Movimento Cuidar de Évora, Bloco de Esquerda, Chega e Iniciativa Liberal, numa reunião com esta associação de defesa do património.

De fora deste acordo ficou a candidatura da CDU, que, segundo o Grupo Pro-Évora, “não respondeu ao convite” para esta reunião sobre o problema da colocação de propaganda política em zonas patrimoniais da cidade, realizada esta semana.

“As seis candidaturas presentes concordaram em não colocar propaganda política no centro histórico de Évora e manifestaram-se disponíveis para encontrar um consenso sobre a não colocação na via circular contígua às muralhas”, realçou.

Fonte da CDU confirmou que “não foi possível participar na reunião na data indicada”, mas frisou que a candidatura discorda da proibição e defende que “deve ser respeitada a lei nacional sobre propaganda política”.

“Não deve haver limitações à liberdade de propaganda política, sobretudo nesta época de constantes tentativas de ataques às liberdades e direitos dos cidadãos e desmerecimento das forças políticas”, sublinhou a mesma fonte, considerando que “deve haver o devido cuidado para que a propaganda política seja compatível com o centro histórico, além de estar devidamente ordenada”.

No comunicado, o Grupo Pro-Évora salientou que a reunião visou “sensibilizar as candidaturas para os aspetos negativos que decorrem da colocação de propaganda em zonas patrimoniais e analisar os valores culturais” afetados por essa prática. “Em causa não está apenas a área intramuros, mas também a da sua envolvência e do seu enquadramento, igualmente área de valor patrimonial merecedora de especiais cuidados na sua utilização”, sublinhou.

A associação de defesa do património acrescentou que, na reunião, foram referidos casos de rotundas junto ao centro histórico em que “a ocultação de bens patrimoniais e a perturbação do seu enquadramento estético e paisagístico é gritante”.

Para o Grupo Pro-Évora, a circular da muralha “deverá ser poupada à colocação de propaganda e publicidade”, enquanto no centro histórico “deverão ser definidos e colocados suportes em locais que não interfiram com a estética urbana e patrimonial”.

“Caberá à autarquia, no seu Regulamento de Publicidade e Ocupação do Espaço Público, determinar a proibição de painéis publicitários nas zonas referidas, bem como colocar os suportes indicados”, assinalou.

Já em relação aos partidos e movimentos políticos, acrescentou esta associação, “caberá decidirem-se pelo respeito pelos valores patrimoniais e inibirem-se de colocar propaganda nesses locais”.

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