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Colectivo Cultura Alentejo estreia “Inquietação 2.0” no Bernardim Ribeiro

O Coletivo Cultura Alentejo estreia hoje a sua mais recente produção. "Inquietação 2.0" pode ser vista hoje e amanhã no Teatro Bernardim Ribeiro, em Estremoz. Ana Luísa Delgado (texto)

Depois de “Ikigai”, peça estreada em dezembro passado e dirigida à comunidade escolar, o Colectivo Cultura Alentejo (CCA) retoma a colaboração com o escritor João Tábuas e irá levar à cena “Inquietação 2.0”.

A encenação é de Cláudio Henriques. E se “ikigai” é um termo japonês que convida à reflexão sobre os propósitos da vida, “Inquietação 2.0” conduz-nos num caminho de questionamento sobre o que é isso da liberdade, nos 50 anos da Revolução de Abril.

“A propósito desta data foram criadas várias obras artísticas, com informação e testemunhos, e enquanto coletivo gostamos de tentar fazer diferente, de acordo com aquilo que queremos dizer”, conta Cláudio Henriques. “Neste contexto específico”, prossegue, “queremos falar, mais do que sobre factos históricos, do mote, queremos falar da matriz da Revolução, da liberdade ou da falta dela”. Trata-se de uma “reflexão sobre o que é ser livre, o contexto do que se poderá definir como verdadeira liberdade, se é que existe, e quais os seus limites”.

Para olhar para o 25 de Abril e para a sociedade que habitamos, “Inquietação 2.0” conduz-nos para o futuro, até 2124, como que antecipando “uma realidade” num mundo que, bem visto, não será assim tão longínquo. Ou será? Se efetuarmos o movimento inverso, ou seja, se recuarmos até 1924, talvez essa ideia de que um período de cem anos corresponde a um pequeno passo na evolução do ser humano possa ser questionada, dada a profunda alteração que representou para o dia-a-dia dos cidadãos.

A evolução acontece sempre, seja numa ou noutra direção. Na que o CCA propõe, os personagens, por exemplo, não têm nomes, mas designações: R2, B4, C37 e I9. Iremos encontrá-los numa “viagem por memórias e informação nova que os coloca a pensar sobre o contexto em que vivem e essencialmente sobre liberdade”. Explica Cláudio Henriques que com “todo o nevoeiro e todas as luzes” que hoje existem, nem sempre é fácil “ter discernimento para fazer escolhas”. No fundo, para ser livre.

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