Comunidade piscatória de Alcácer do Sal tem em risco “o seu principal ganha-pão”

O PS diz que uma comunidade piscatória de Alcácer do Sal “viu em risco o seu principal ganha-pão”, depois de as espécies que costuma capturar se terem afastado devido às descargas de duas barragens.

Os alertas constam de uma pergunta, que deu entrada no parlamento esta quarta-feira, subscrita por sete deputados socialistas. Uma das subscritoras é a deputada Clarisse Campos, também vereadora sem pelouros na Câmara de Alcácer do Sal e já anunciada como cabeça de lista do partido a este Município nas eleições autárquicas deste ano.

Segundo o PS, a comunidade piscatória da Carrasqueira, no concelho de Alcácer do Sal, com cerca de 40 famílias que vivem do pescado capturado no estuário do Rio Sado, “de um momento para o outro, viu em risco o seu principal ganha-pão”.

Em causa, explica o partido, a água doce descarregada por duas barragens e que chega ao estuário do rio Sado, alterando “momentaneamente, mas de forma drástica as condições do seu ecossistema na zona da Carrasqueira”.

Na pergunta dirigida ao ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, os parlamentares do PS realçam que a chuva que caiu este mês “fez as barragens de Pego do Altar e Vale de Gaio, no mesmo concelho, atingirem a sua cota máxima”.

As duas albufeiras, aludem, tiveram que abrir as comportas e descarregaram, em conjunto, “cerca de 115 milhões de metros cúbicos de água doce, respetivamente na ribeira de Sítimos e no rio Xarrama, ambos afluentes do rio Sado”.

Assinalando que a comunidade piscatória da Carrasqueira enfrenta uma “situação de grande dificuldade”, os deputados salientam que “o choco, que constitui o seu principal recurso, encontra-se agora ameaçado ou afastou-se das áreas ao alcance dos pescadores”.

Com a pergunta entregue no Parlamento, o PS quer saber se o Ministério da Agricultura e Pescas tem conhecimento da situação e que apoios estão a ser equacionados para “minimizar este tipo de impactos da anormal abundância de chuva nas pequenas comunidades piscatórias”.

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