O Comando Territorial de Évora da GNR indicou que mo decorrer de uma ação de fiscalização rodoviária “os militares da Guarda abordaram um condutor, de 55 anos, e verificaram que este, durante a condução de um veículo pesado de mercadorias, fazia uso de um cartão de tacógrafo pertencente a outra pessoa”.

“Esta conduta permitia ao condutor ultrapassar os tempos de condução legalmente estabelecidos e evitar os períodos de repouso obrigatórios, comprometendo gravemente a segurança rodoviária”, acrescenta-se na mesma nota.

O suspeito foi detido e os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Montemor-o-Novo, de acordo com aquela força de segurança.

O tacógrafo é um aparelho de controlo destinado a ser instalado a bordo dos veículos rodoviários para indicação, registo e memorização automática ou semiautomática de dados sobre a marcha desses veículos, assim como sobre tempos de condução e de repouso dos condutores.

“O tacógrafo pode ser analógico ou digital, equipando, em regra, os veículos pesados de mercadorias e de passageiros em circulação, não só em território nacional, mas também em todo o território regulado por acordos multilaterais do Espaço Económico Europeu”, adiantou.

A GNR lembra que, “para além da gravidade criminal e contraordenacional destes ilícitos, a manipulação e viciação dos tacógrafos constitui uma prática de risco no ambiente rodoviário, introduzindo um elemento em violação das regras de segurança estabelecidas a nível europeu no que se refere aos limites de tempo de condução e períodos mínimos de repouso estabelecidos para os condutores, bem como o cumprimento dos limites de velocidade estabelecidos para os veículos”.