Esta tomada de posição surge no seguimento de uma notícia avançada pela Alentejo Ilustrado há duas semanas, que dá conta da propagação de uma nova estirpe da doença (serotipo 3) que está a provocar a morte a milhares de animais, sobretudo no Alentejo Central e no Baixo Alentejo.
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Em comunicado, a Confagri refere que depois de ouvir as preocupações e perspetivas das organizações, associações e produtores, “é urgente que a tutela tome medidas céleres e concretas pelo futuro de ambas as fileiras e da viabilidade de muitas explorações familiares”, considerando que a vacinação “deva começar o quanto antes, em todo o território nacional e com custos suportados pelo Estado”.
A Confederação defende igualmente a atribuição de uma ajuda financeira aos produtores já afetados, “tanto para menorizar prejuízos, como para apoiar nos custos de tratamento e prevenção, já que a elevada taxa de mortalidade pode não só colocar em causa a sustentabilidade das explorações pecuárias, mas também significar o aumento dos preços para os consumidores”.
“Ora pelo elevado sofrimento físico dos animais, ora pelos significativos prejuízos financeiros decorrentes da mortalidade, quebra produtiva e entraves à comercialização, é necessário que o Estado delineie uma estratégia concreta para agir rapidamente”, defende Nuno Serra, secretário-geral da Confagri, defendendo a adoção de “medidas interventivas de vacinação, de apoio financeiro para suportar os elevados custos da vacina e para garantir que as explorações pecuárias mantêm a sua produtividade e viabilidade”.