Uma rota turística que associa o património mineiro à tradição do vinho da talha está a ser criada no concelho de Aljustrel, para gerar “novos pontos de interesse e de atenção”.
A rota turística “Da Mina ao Vinho da Talha” é um projeto da Câmara de Aljustrel, através do Parque Mineiro, e visa “preservar um produto ímpar e que é característico” do concelho, o vinho da talha, que está “a ser candidatado a Património Imaterial da Humanidade”, revelou o município, em comunicado.
“Esta rota baseia-se, precisamente, no princípio de aliar produtos que nos definem, promovendo e preservando patrimónios que, em conjunto, só podem ser apreciados neste território”, explica o coordenador do Turismo no Município de Aljustrel, Marcos Aguiar.
Segundo o responsável, aliar o património mineiro ao vinho da talha “é dar continuidade à estratégia de valorizar cada vez mais o que distingue” o concelho, “criando produtos turísticos únicos” e com “experiências que acrescentam”.
A futura rota conta com a colaboração da Junta de Freguesia de Ervidel e está a ser estruturada com os produtores de vinho da talha existentes no concelho. “Só em conjunto se pode criar uma rota que mostre todos os aspetos destes dois patrimónios”, diz Marcos Aguiar.
O projeto pretende também “dar força” à candidatura do vinho da talha a Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que une diversas entidades da região.
A nova rota, disse o coordenador, deverá estar disponível já no “próximo verão”, para que quem visite o concelho “possa ficar a conhecer todo o processo de vinificação, desde o campo ao consumidor, passando pela ancestral talha”.
“Estamos a trabalhar nesse sentido e acreditamos que há um público cada vez mais interessado em conhecer todas as vertentes do território”, sublinha o responsável, acrescentando que através da rota será possível “preservar estes patrimónios”, além de acentuar a “sua importância, do ponto de vista cultural, mas também económico e social”.
“É precisamente essa consciência que nos faz avançar para algo que pode tornar-se num ativo ao serviço do concelho, mas sobretudo das pessoas que o habitam”, afirma Marcos Aguiar, garantindo que este produto pode igualmente “alavancar a economia” do concelho.
“Esta rota também assenta muito numa estratégia que estamos a desenvolver de descentralização do turismo, levando-o da sede de concelho às freguesias, mostrando todas as potencialidades”, conclui.