A iniciativa foi organizada pelo pólo de Galveias da Universidade Túlio Espanca, pela Associação Salgueiro Maia e contou com o apoio da Junta de Freguesia de Galveias: meia centena de galveenses, guiados por capitães de Abril, visitaram alguns dos locais mais emblemáticos da Revolução dos Cravos. A iniciativa destinou-se a assinalar o Dia Internacional dos Museus. mais emblemáticos da Revolução dos Cravos.
Em Santarém, na denominada “parada chaimite”, de onde partiu a coluna de Salgueiro Maia rumo a Lisboa, foram recebidos por Natércia Salgueiro Maia e pelo agora coronel Andrade da Silva, à época tenente, um dos militares que pelas 23h00 do dia 24 de abril de 1974 tomou o controlo da Escola Prática de Artilharia em Vendas Novas, prendendo o comandante e segundo comandante da unidade.
Andrade da Silva é agora presidente da Associação Salgueiro Maia. Na tarde do 25 de Abril, depois da estacionadas as tropas junto ao Cristo Rei, com o objetivo estratégico de dissuadir eventuais ataques nacionais. Foi também ele comandou uma coluna que se dirigiu para o presídio da Trafaria, onde se encontravam detidos os militares que haviam participado no Golpe das Caldas, a tentativa ocorrida gorada de derrubar o regime, ocorrida em março de 1974.
Já em Lisboa, o percurso incluiu uma paragem no Terreiro do Paço para escrutar um dos principais intervenientes nos acontecimentos ali verificados há 50 anos, o atual coronel Maia Loureiro, que relatou momentos de grande intensidade e perigo. Maia Loureiro, então alferes miliciano, participou em dois dos momentos decisivos para o triunfo do levantamento militar: quando, no Terreiro do Paço, as forças leais ao Regime se recusaram a disparar contra as tropas comandadas por Salgueiro Maia e, mais tarde, no Largo do Carmo, aquando da rendição de Marcelo Caetano.
“Pelo meio um convívio fraterno entre os galveenses e os militares de Abril esta foi mais uma excelente forma de comemorar o cinquentenário do 25 de Abril”, resume Mariana Varela, do Executivo da Junta de Freguesia de Galveias.