O tubarão, uma fêmea adulta com 1,5 metros, foi detetado na Lagoa de Santo André no dia 12 de julho, por uma equipa de vigilantes da natureza da Direção Regional da Conservação da Natureza e Florestas do Alentejo.
Ao longo do dia, o tubarão foi monitorizado, havendo a expectativa de, pela hora da maré cheia, pudesse escapar sozinho ou ser conduzido para o mar aberto, caso se verificasse contacto entre as águas do interior da lagoa e o oceano.
Tal não veio a verificar-se e, uma vez que a lagoa não poderia satisfazer as condições ecológicas para a sua sobrevivência durante muito tempo, foi levada a cabo uma ação conjunta com a empresa “Flying Sharks” para a captura e libertação do animal no mar aberto em segurança.
O tubarão perna-de-moça vive nos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico, e pode atingir 2 metros de comprimento. Alimenta-se essencialmente de peixes teleósteos e cefalópodes.
A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, felicitou “todos os envolvidos neste trabalho, que permitiu devolver ao mar este tubarão fêmea, que não iria sobreviver se continuasse na Lagoa de Santo André”.
“Ações como esta, a que o ICNF já nos habituou, são de extrema importância para a preservação da vida marinha. Os tubarões perna-de- moça desempenham um papel vital no ecossistema oceânico e é nosso dever protegê-los de qualquer tipo de ameaça”, acrescentou Maria da Graça Carvalho.