“Somos três investidores alemães. Comprámos as ações da empresa La Sabina Mineira Turística no ano passado. Eu tinha laços porque o meu pai investiu nesta empresa há 30 anos”, disse, ao JE, um dos investidores Hubertus Prinz zu Hohenlohe-Langenburg, que não revelou os valores da operação.
“A nossa abordagem é produzir energia renovável, porque a localização é perfeita para produzir a eletricidade a partir de solar fotovoltaica ou eólica, e também para produzir hidrogénio verde para o mercado português”, disse ao “Jornal Económico” um dos três investidores alemães que comprou a empresa no ano passado, Hubertus Prinz zu Hohenlohe-Langenburg.
Ainda de acordo com o responsável, o objetivo é também “recultivar a terra que foi usada antes como mina, embora algumas partes ainda estejam contaminadas e precisem de ser tratadas”.
“Somos um projeto ecológico, de longo prazo, com várias etapas. Vamos começar numa pequena escala e tentar crescer para atingir os objetivos”, acrescentou o empresário ao “Jornal Económico”, segundo o qual a empresa alemã tem estado a colaborar com a Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM), companhia pública responsável pela descontaminação da mina, com um custo de 20 milhões de euros.
De acordo com a mesma fonte, numa primeira fase irá avançar um projeto cujo pedido de licenciamento já foi apresentado à Direção-Geral de Energia e Geologia, para instalação de uma central solar com capacidade para produzir 100 megawats. Trata-se de um investimento inicial de 28 milhões de euros. A que se seguirá um parque eólico e a produção de hidrogénio.
Fora de causa parece estar a exploração mineira. “Somos donos da terra, mas não detemos os recursos, que são detidos por Portugal. Não temos licença [de exploração mineira] e não vamos pedir uma. Esse não é o nosso negócio”, diz o empresário.