“A PSA Sines reafirma o seu firme compromisso com a transparência, negociações de boa-fé e comunicação aberta com todas as partes interessadas, em especial, os trabalhadores e os seus representantes”, explicou a empresa, em resposta a questões colocadas pela agência Lusa.
Em causa está a greve parcial, às últimas duas horas de cada turno, dos trabalhadores da PSA Sines e LaborSines, convocada pelo Sindicato das Indústrias, Energia, Serviços e Águas de Portugal (SIEAP), que arrancou esta segunda-feira e prolonga-se até 06 de junho.
Em comunicado divulgado na segunda-feira, o sindicato justificou que a greve “surge como resposta à falta de respeito e de diálogo sério por parte da administração da PSA Sines e da LaborSines”.
A empresa, que opera o maior terminal de contentores do país, assegurou o seu empenho “de forma consistente, com honestidade [e] respeito” no processo negocial, com o objetivo “de alcançar resultados que fossem ao encontro das expectativas de ambas as partes”.
“Desde o início do processo de negociação, foram realizadas cinco reuniões com o parceiro social”, tendo sido “fornecidas atualizações atempadas, partilhados conhecimentos relevantes sobre o negócio, condições de mercado e cenário competitivo, de forma aberta e construtiva”, reforçou a empresa.
Para a diretora de Recursos Humanos da PSA Sines, Carla Niza, as conversações com o sindicato “foram sempre conduzidas com integridade e com uma intenção sincera de encontrar uma base comum”, sendo que a responsável diz que a empresa continuará “empenhada em prosseguir as negociações num espírito de colaboração”.
Na segunda-feira, Ricardo Raposo, dirigente do SIEAP, afiançou que os trabalhadores avançaram com a greve “porque a administração da PSA Sines e da LaborSines têm sistematicamente ignorado as reivindicações e propostas” apresentadas. Entre as principais exigências está “a alteração do horário” de trabalho e “a reposição do dia de aniversário”.
“Neste momento, estamos com um horário que é seis meses de inverno, seis meses de verão, sendo que, no verão, temos uma carga horária gigante que está a causar muito descontentamento, muito desgaste e a encurtar muito do tempo dos trabalhadores com a família”, explicou.
Com esta paralisação, os trabalhadores reclamam “um horário igual durante o ano inteiro”, com “um dia de sobreposição em que estão dois turnos a trabalhar”, o que vai possibilitar “qualidade de vida”.
Já após o início da greve, o SIEAP indicou ter sido convocado para uma reunião, na quinta-feira, com o ministro das Infraestruturas e da Habitação e os secretários de Estado da Economia e do Mar, em Lisboa.