De acordo com a sinopse do espetáculo, “Agnès, filha do deus Indra, desce à terra para perceber como vivem os humanos”.
“Nessa imersão iniciática, vai encontrar três figuras coadjuvantes – o Oficial, o Advogado e o Poeta – estilhaços oníricos da biografia do próprio autor, Strindberg, por essa altura empenhado na construção de um novo teatro que pudesse revelar, na esteira das grandes discussões filosóficas da época, de Schopenhauer a Freud, o vasto território do inconsciente e dos sonhos”, relatou o Cendrev.
No decurso da sua viagem, Agnès depara-se com um “caleidoscópio de figuras e situações”, em que “aparecem os grandes temas de Strindberg” como a família e o casamento, as desigualdades sociais mais gritantes que a revolução industrial agudizou, a justiça ‘que serve todos menos os que servem’ e a escola, encalhada no tempo e no espaço.
“O encontro último com o Poeta, irmão e cúmplice na aventura da exigência de uma humanidade mais justa, aproxima-os da música e da poesia, das artes, que, tal como o sonho, são maiores do que a realidade”, acrescenta.
A peça estará em cena, no Teatro Garcia de Resende, até 02 de novembro, data que coincide com o arranque do Encontro de Teatro Ibérico, também organizado pelo Cendrev. Estão previstas sessões com tradução em língua gestual portuguesa já este sábado e também no dia 01 de novembro.
Com encenação de António Augusto Barros, que também ‘assina’ a cenografia, juntamente com João Mendes Ribeiro e Luísa Bebiano, “Um Sonho” conta com um elenco de 11 atrizes e atores, música de Carlos Meireles e desenho de luz de António Rebocho.
O espetáculo seguirá, posteriormente, para Coimbra, onde será apresentado no Teatro da Cerca de São Bernardo, de 27 de novembro a 14 de dezembro.
Texto: Alentejo Ilustrado/Lusa | Fotografia: Carolina Lecoq/Cendrev











