O PS vai a votos para eleger os presidentes das federações distritais. Se em Portalegre e Évora haverá apenas uma lista – lideradas, respetivamente, por Luís Moreira Testa e Luís Dias -, no Baixo Alentejo a disputa será entre Nelson Brito, o atual presidente da Federação, que se recandidata a um novo mandato, e Telma Guerreiro que, em entrevista à Alentejo Ilustrado, assume as autárquicas do próximo ano como prioridade, mas diz que “há um trabalho imediato a fazer-se já de maior dinamização da estrutura” partidária.
Quais as prioridades do PS no Baixo Alentejo?
O grande desafio são as autárquicas e, obviamente, que aquilo que mais queremos, enquanto objetivo, é vencermos em todos os concelhos. Esse vai ser o trabalho, pedir que confiem mais uma vez no PS pelo que tem sido dado do trabalho dos nossos autarcas. Agora, antes de 2025 temos de ganhar agora para podermos fazer a mudança que importa, a partir da organização interna do partido que tem vindo, enfim… temos de ter uma organização mais ativa, mais dinâmica, mais próxima, mais participativa, com maior capacidade de reflexão, produção de conhecimento, temos de ter maior capacidade de organização para depois podermos vencer as autárquicas de 2025.
Ou seja, há uma intervenção imediata…
Há um trabalho imediato a fazer-se, de maior dinamização da estrutura para podermos chegar a mais pessoas, não podemos olhar para os mandatos como “aquilo que vamos ter que fazer são umas eleições autárquicas, depois umas legislativas”, não podemos olhar assim para os mandatos. Há um trabalho em contínuo, que é uma dinamização dos e das militantes, um trabalho que não pode ser apenas feito com uma visão de eleição. Nós temos um compromisso claro com o território, temos de ter um compromisso claro com as pessoas e isso não se faz só nos momentos de eleição, só nos momentos de grandes decisões, temos de o fazer em contínuo e isso é, sem dúvida, uma grande mensagem que a minha candidatura transmite.
Existindo duas candidaturas à liderança da Federação, pode dizer-se que isso reflete uma divisão interna?
Claro que não. Se olharmos para aquilo que defendemos enquanto partido democrata, não podemos olhar para um ato eleitoral como uma divisão, ainda para mais dentro do mesmo partido. Aquilo que eu vejo é mais discussão, mais reflexão, mais envolvimento, mais sessões. É somar. Vejo um processo de dinâmica extraordinário que estamos a dar à nossa Federação e ao nosso território, mas claro, são eleições internas, e é importante termos alternativas, para podermos discutir. A minha candidatura não é contra o Nelson Brito, é a favor da Federação do PS, é a favor de um processo de participação que eu e ele estamos a promover de forma democrática e teremos, de certeza, uma federação mais forte do que teríamos se fosse só uma candidatura. Não tenho dúvida nenhuma disso.