“Trabalhamos todos os dias com os nossos alunos e até com a comunidade para fazer essa recolha”, diz a professora de Ciências Naturais Rita Costa, a coordenadora do programa “Eco-Escolas” deste estabelecimento de ensino.
A docente ressaltou que ficou “muito surpreendida pela positiva” com os seus alunos por terem “mantido um nível de interesse muito uniforme” ao longo do tempo: “Eles não tiveram momentos mortos, não tiveram momentos de aborrecimento e percorreram o centro todo sempre com entusiasmo. E é muito curioso que não foi só metade, foi o grupo uniformemente. Foi surpreendente mesmo”.
Numa visita ao Transformarium em Rio de Mouro, Sintra, Rita Costa diz que os alunos levam “muitas aprendizagens”. E explica: “Levam aprendizagens novas, não só a nível da reciclagem e da separação dos resíduos, mas também ao nível da realidade aumentada e das novas tecnologias aplicadas a esta realidade, que é a separação de resíduos e da sustentabilidade”.
Em Rio de Mouro, as crianças aprenderam a separar resíduos e foram desafiadas a explorar o processo de reciclagem de embalagens, equipamentos elétricos e baterias, numa experiência tecnológica de sensibilização ambiental.
“Gostei muito desta experiência. Foi muito gira. Aprendi várias coisas, como se reutiliza alguns materiais, quais são os nomes dos ecopontos e onde se devem meter as devidas coisas”, conta Bárbara Rodrigues, de 11 anos, após ter visitado com a sua turma o Transformarium.
A visita, que durou cerca de uma hora e meia, levou que uma turma de 20 alunos do sexto ano de escolaridade da Escola EB 2,3 Damião de Odemira, tivesse uma experiência imersiva, conectando-se com o processo de reciclagem através de tablets e ecrãs interativos.
Numa sala de realidade aumentada, na sede da ERP Portugal – European Recycling Platform e da Novo Verde, as crianças são convidadas a percorrer todas as etapas do processo de reciclagem, desde a extração de matérias-primas até ao descarte, enquanto respondem a várias perguntas através de conteúdo digital.
Após receber a primeira escola, a diretora-geral da ERP Portugal, Rosa Monforte, disse que a iniciativa visa ensinar as crianças a gerirem fluxos específicos de resíduos. “É um espaço pedagógico que pretende ser uma experiência imersiva para crianças”, realçou.
Segundo Rosa Monforte, com o uso do tablet, as crianças são ensinadas a fazer a reciclagem de embalagens e de equipamentos elétricos “em fim de vida”.
“Tudo isto tem o objetivo de as ensinar e de as alertar para esta responsabilidade que, no fundo, é sempre a nossa e começa em nós e que é a reciclagem destes equipamentos. Este espaço foi criado especialmente para escolas (…) para crianças até ao segundo ciclo, até aos 12 anos”, destacou. Inaugurado no passado dia 06 de fevereiro, o Transformarium representa um investimento de 600 mil euros.