Escola de Odemira precisa de obras, mas está “fora” do financiamento europeu

A Assembleia Municipal de Odemira aprovou por unanimidade uma moção de repúdio pela “contínua degradação” da Escola Secundária local e pela sua “exclusão injustificada de financiamento europeu”. O órgão exige explicações ao Governo e apela à retificação imediata da decisão, defendendo que a requalificação do estabelecimento é “uma necessidade premente e um investimento essencial no desenvolvimento da região”.

A situação da Escola Secundária de Odemira voltou a gerar unanimidade política no concelho. A Assembleia Municipal aprovou uma moção de repúdio pela “contínua degradação” do edifício e pela sua “exclusão injustificada de financiamento europeu” destinado a obras de requalificação.

No documento, apresentado pelo PS e enviado à comunicação social, o órgão autárquico manifesta “o seu profundo descontentamento e indignação perante o contínuo e inexplicável abandono a que a Escola Secundária de Odemira está votada por parte do Governo”.

Em causa está a ausência do estabelecimento da lista de 22 escolas que vão beneficiar de financiamento do Banco Europeu de Investimento (BEI), anunciada pelo Governo em meados de setembro, e que inclui as secundárias de Almodôvar e de Serpa.

Para os autarcas de Odemira, “a priorização de outras escolas, em concelhos vizinhos, não só é uma decisão tecnicamente questionável do ponto de vista da justa distribuição de fundos, como é um ato de profunda injustiça territorial que agrava as assimetrias no interior alentejano”.

A moção considera a decisão “um golpe duríssimo para toda a comunidade odemirense e um claro sinal de desprezo pelo concelho de Odemira”, que repete “um padrão lesivo” iniciado há mais de uma década. “Recorde-se que, em 2010, uma obra de renovação já em curso na Secundária de Odemira foi abruptamente cancelada pelo então governo PSD/CDS-PP […], deixando a escola num estado de limbo”, lembra o texto.

Os socialistas acusam o atual Eecutivo de repetir o erro: “O atual Governo repete o mesmo erro, excluindo a Escola Secundária de Odemira do pacote financeiro que o anterior governo do PS havia negociado.” E vão mais longe: “É incompreensível e inaceitável que, mais uma vez, um governo liderado pelo PSD prive a Escola Secundária de Odemira de investimentos urgentes, perpetuando um ciclo de negligência partidária.”

No texto, os eleitos sublinham que “este abandono governamental contrasta violentamente com a resiliência e a excelência da comunidade educativa da Escola Secundária de Odemira”, que “merece mais do que palavras de elogio”. Para os deputados municipais, “merece um edifício seguro, moderno e inspirador que corresponda à qualidade humana e pedagógica que nele reside”.

Por isso, a moção exige “explicações claras, detalhadas e urgentes ao Ministério da Educação sobre os critérios técnicos e políticos que fundamentaram a preterição” da escola e apela ao Governo para “que retifique imediatamente esta decisão, garantindo os fundos necessários e definindo um calendário exequível para o início das obras de requalificação global”.

A Assembleia Municipal reafirma ainda que a renovação da Escola Secundária de Odemira “não é um capricho”, mas sim “uma necessidade premente e um investimento essencial no desenvolvimento da região”.

Texto: Alentejo Ilustrado/Lusa | Fotografia: D.R.

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