Os problemas no funcionamento das Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Mora e de Pavia arrastam-se há meses. No caso de Mora, apurou a Alentejo Ilustrado junto de uma fonte local, das três bombas que elevam o caudal das águas residuais até à ETAR, situadas na Rua do Barco, apenas uma está em funcionamento, o que faz com os esgotos “corram por uma vala que vai diretamente para o Rio Raia”.
Contactada pela Alentejo Ilustrado, a presidente da Câmara de Mora, Paula Chuço, confirma a existência de “algumas anomalias”, mas garante que “neste momento estão todas a ser reparadas por empresas da especialidade”. Segundo a autarca, prevê-se que a intervenção em curso esteja concluída “no início de agosto”, o que permitirá resolver o problema.
“São situações que que herdámos, outras que só há pouco tempo foram detetadas e estamos a melhorar estas infraestruturas, sempre a pensar no bem-estar da população e no interesse público e do ambiente”, acrescenta ainda Paula Chuço, recusando a existência de qualquer relação entre estes problemas e a decisão de “retirar” um funcionário que fazia a manutenção de todas as ETAR’s e estações elevatórias, tomada pelo Executivo socialista em finais de 2022.
“O funcionário retirado pelo vereador que, na altura, detinha esse pelouro e que constituiu uma equipa para esse fim. Portanto, foi retirado, mas a ETAR estava a ser vigiada normalmente, não por uma pessoa, como acontecia até então, mas por uma equipa rotativa”, refere.
Já no caso de Pavia, estará em causa um entupimento a montante da ETAR. “É uma deficiência que já vinha de há muitos anos, também essa foi detetada e está a ser reparada”, garante a presidente da Câmara, apontando igualmente o início de agosto para a conclusão dos trabalhos.
Fotografia: Arquivo | ©Município de Mora