Esquema criminoso com MBWay em Campo Maior e Elvas fez dezenas de vítimas

O Ministério Público acusou 38 pessoas de integrarem um esquema de burlas através da aplicação MBWay, que terá feito dezenas de vítimas em todo o país. A rede, com base em Campo Maior e Elvas, aproveitava-se do desconhecimento de utilizadores em sites de vendas online para aceder ilegalmente a contas bancárias e desviar milhares de euros.

Segundo fonte da Procuradoria-Geral Regional de Évora, os arguidos têm “ligações de amizade e laços familiares entre si” e atuavam sobretudo a partir das onde residiam.

O MP acrescenta que “o processo, onde constam como vítimas dezenas de cidadãos de todo o país, tem incorporados cerca de 85 inquéritos”.

Os 38 arguidos foram acusados da prática de crimes de burla informática, falsidade informática, acesso ilegítimo e detenção de arma proibida, no âmbito do esquema conhecido como “Burla do MBWay”.

De acordo com a acusação, era a partir de Campo Maior e Elvas que os arguidos “procediam a levantamentos de dinheiro em multibanco obtido enganando pessoas que anunciavam para venda artigos em sites de vendas online, como o OLX e o Custo Justo”.

Os factos terão ocorrido entre 2019 e 2020. Nessa altura, “os arguidos, numa primeira fase, manifestavam interesse na aquisição dos artigos colocados à venda, ganhando a confiança dos anunciantes”.

Seguia-se o passo seguinte do esquema: “aproveitavam o desconhecimento ou a pouca prática destes na utilização do MBWay para, com recurso ao engano, os levarem a abrir mão das suas credenciais pessoais e a associarem os números de telemóvel dos arguidos às suas contas bancárias naquela aplicação”.

Desta forma, “os arguidos conseguiam, depois, efetuar levantamentos em dinheiro e realizar transferências interbancárias em seu benefício, lesando as vítimas em milhares de euros”.

O MP indica ainda que foram contabilizadas “as vantagens que os arguidos obtiveram em resultado de tal atuação, tendo sido deduzido pedido de perda a favor do Estado de vantagens da atividade criminosa e também de perda direta a favor do Estado de valores em numerário, telemóveis e equipamento informático”.

A investigação foi realizada pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Évora, com a coadjuvação do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Elvas.

Texto: Alentejo Ilustrado/Lusa | Fotografia: D.R.

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