Estalou o verniz. PS retira confiança política a vereadora… socialista

A concelhia do PS de Santiago do Cacém anunciou a “retirada de confiança política” a Susana Pádua, ex-presidente desta estrutura partidária e atual vereadora.

“A partir de hoje”, diz a concelhia, “todas as posições e votações assumidas pela senhora vereadora não mais representam ou vinculam o Partido Socialista”. Em causa está a alegada falta de “disponibilidade” da autarca para “colaborar ou dialogar” com os órgãos do partido sobre matérias de interesse municipal.

De acordo com um comunicado do PS de Santiago do Cacém, Susana Pádua votou favoravelmente o orçamento e as grandes opções do plano apresentadas pelo Executivo comunista, “sem auscultar as estruturas partidárias que representam o PS no concelho de Santiago do Cacém”, não compareceu a iniciativas promovidas pela concelhia e “prejudicou deliberadamente a capacidade de ação” do partido “através das suas posições na autarquia”.

Acusando Susana Pádua de “ter mais interesse e disponibilidade em apoiar as iniciativas e ideias do Partido Comunista do que em exercer oposição de forma alinhada com as estruturas do PS, defendendo os ideais e ideias deste partido, pelo qual aceitou ser eleita, e dos eleitores que nela confiaram, nas eleições autárquicas de 2021”, a concelhia diz que a retirada da confiança política foi “uma decisão tomada de forma ponderada e refletida, que visa encerrar o ciclo de degradação da imagem do PS perante a opinião pública”.

Desta forma, conclui o comunicado, os socialistas esperam “recuperar a confiança dos eleitores, criando condições para realizar um melhor trabalho em prol da população que anseia e merece uma oposição forte e uma alternativa credível que conduza o concelho a um superior patamar de desenvolvimento”.

“Nunca recebi qualquer tipo de orientação política e, como tal, faço o meu trabalho com honestidade, com rigor e com lealdade às funções para a qual fui eleita, mas nunca incumpri em nada que tivesse sido dado como orientação do PS, isso nunca existiu”, diz, por sua vez, Susana Pádua, em entrevista à rádio Antena Miróbriga.

Quanto à votação favorável do orçamento e grandes opções do plano, a autarca devolve a acusação e diz que foi a concelhia que “não cumpriu com a sua obrigação de estar presente na reunião [convocada pelo presidente da Câmara] para exercer o seu direito de oposição”, tendo os vereadores apresentado “um conjunto de propostas”, que foram incorporadas no documento.

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