O concerto, intitulado “Remember Caravana”, promete revisitar os grandes êxitos da pop e rock que fizeram parte da história da banda estremocense, num alinhamento que recupera os hinos das décadas de70, 80 e 90. Para os fãs que nunca esqueceram a energia do grupo, trata-se de um regresso aguardado há muito.
Em palco vão estar António Nery (baixo), Luís Canhão (bateria), Daniel Alface (teclas), Jorge Matos (guitarra) e Hugo Rico (viola), numa formação que promete fechar o verão em grande, numa noite de festa e memória musical. Em entrevista, António Nery relembra alguns dos momentos marcantes da banda de Estremoz.
Como é que surge este regresso aos palcos?
Foi através de um convite, depois falámos uns com os outros, avaliar se queríamos fazer este regresso e, pronto, decidimos voltar.
Quais as expectativas que têm para este regresso, ainda por cima em Estremoz?
O que está aqui de bom é que continuamos a ser os mesmos, com o mesmo estilo de música – e, depois, há uma plateia que existe desde essa altura. Vamos ver se isso será interessante.
Acha que há condições para chamar a atenção das pessoas mais jovens para a vossa música?
Normalmente chamamos a atenção desses e de outros públicos, porque as pessoas ouvem música dos anos 80, 90… é aquela música que ficou, realmente, na história. É capaz de ser interessante voltarmos a ouvir os êxitos dos Rolling Stones, os Dire Straits … uma série de bandas dessa época. É capaz de ser engraçado, mais que não seja por “voltarmos” aos anos 80 e 90.
O que podemos esperar agora deste regresso?
É como lhe estava a dizer, a continuação dos grandes êxitos da música dos anos 70, 80 e 90.
A banda tem composições originais?
Tínhamos músicas originais, que ainda temos, desde logo porque participamos um ano no Rock Seven Up, um programa da Rádio Comercial que dava espaço a bandas que se estavam a afirmar a nível nacional. Ganhámos no distrito de Évora. Depois, fomos à final e acabámos por ficar em terceiro lugar. Nessa altura, interpretávamos letras que eram de Tó Zé Garcia, que infelizmente já faleceu, as músicas eram nossas e, olhe, que tiveram bastante sucesso na altura.
Pretendem voltar a trabalhar em composições?
Depende do seguimento que queiramos dar, deste caminho que se reinicia, mas, para já, vamos mesmo apostar em covers dos anos 80 e 90. É o que vamos tocar.
Qual foi assim o momento que mais o marcou?
De todos os concertos em que já participei com os Caravana, aquele que se calhar, nesta última fase, nos marcou mais foi no Hard Café, em Lisboa. Talvez porque seja um sítio muito especial para se tocar, pois as pessoas que estão lá é para ouvir música. Então, acho que esse momento seja como uma espécie de cereja no topo do bolo. É um público composto por gente vinda de muitos lados, ali concentrada para ouvir música. E tocámos lá. Aliás, vão ali para ouvir música deste tipo, desta geração dos anos 80 e 90. Foi talvez o concerto que mais nos tenha marcado.
Sente-se nervoso com este regresso aos palcos?
Não, de maneira nenhuma me sinto nervoso com este regresso aos palcos. Há que aproveitar o momento, darmos o nosso melhor e viver esse momento de partilha com o público.











