Estremoz: Mais 80 mil euros para edifício do ex-BNU. Agora para obras

Entre valor das obras e IVA, o Município de Estremoz vai pagar mais de 80 mil euros para adaptação do antigo BNU. Rendas de quatro mil euros por mês estão a ser pagas desde o início do ano, apesar de o edifício continuar fechado. Luís Godinho (texto) e Hugo Francisco (fotografia)

O Executivo da Câmara de Estremoz assegurava, em novembro passado, que além dos quatro mil euros mensais de renda pelo edifício do antigo BNU, no Rossio Marquês de Pombal, o Município não iria ter grandes despesas com a adaptação do es- paço ao funcionamento dos Serviços de Ação Social.

“As obras de interior passarão por pintura e colocação de portas e paredes em pladur, para dividir os serviços que irão ali funcionar”, garantiu a vice-presidente Sónia Caldeira, em reunião pública de Câmara, ressalvando que apesar “não haver necessidade de fazer grandes obras de fundo a nível estrutural no espaço” não poderia nessa altura indicar qual o “valor a alocar”.

“O espaço já está dividido e muito adaptado àquilo que é o funcionamento de serviços e as obras de recuperação serão mais pintura e pladur para fazer algumas divisórias”, referiu a autarca.

O valor desses trabalhos de adaptação, soube-se agora, ascende a mais de 80 mil euros. Através de um processo de consulta prévia, o Município adjudicou a obra por 67 mil euros, a que acrescem mais 15.410 relativos a IVA, a uma empresa com sede em Portalegre cujos únicos contratos registados no portal BASE se referem a obras no concelho de Estremoz.

Nos termos do contrato, a intervenção a realizar “consiste essencialmente na execução de divisórias em pladur, aplicação de teto amovível, criação de instalação sanitária para pessoas com mobilidade reduzida e reforço da rede elétrica”. O prazo máximo de execução é de 90 dias, a contar da data da consignação. O contrato foi assinado a 22 de julho.

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Segundo explicou o presidente de Câmara em conferência imprensa realizada em meados desse mês, esta obra de adaptação do prédio avançaria depois de o proprietário, um fundo imobiliário com sede em Lisboa, efetuar obras “para resolver de vez” um conjunto de “patologias” entretanto identificado, relacionado com infiltrações de água. “Se tudo correr bem, quero acreditar que lá para o final do verão o problema esteja resolvido”, disse na altura José Daniel Sádio.

Recorde-se que desde o início do ano o Município tem estado a pagar uma renda mensal de quatro mil euros, no âmbito de um contrato de arrendamento a 10 anos, que tem vindo a ser contestado por todos os partidos da oposição.

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