Évora: Freguesias pedem à Câmara menos conversa e mais limpeza

Os presidentes das 12 juntas e uniões de freguesia do concelho de Évora, duas das quais lideradas pela CDU, subscreveram uma recomendação à Câmara para que “implemente medidas concretas” destinadas a acabar com a proliferação de depósitos ilegais de lixo no concelho.

No texto, os presidentes das juntas e das uniões de freguesia “exigem ação” por parte da Câmara: “A população merece mais do que promessas. A melhoria na recolha de monos é uma prioridade que não pode ser constantemente adiada”. 

Dizem os autarcas das freguesias que a recomendação entregue ao Município “não é mais um plano de intenções, mas sim um plano de ação urgente e a implementar no imediato com medidas concretas”, pois “mais do que intenções” são necessárias “soluções”.

Em causa está a “proliferação de depósitos ilegais de resíduos volumosos, vulgarmente designados por monos, no espaço público”, o que “afeta diretamente a qualidade de vida de todos os habitantes do concelho” e deixa os autarcas “extremamente preocupados”.

As juntas e uniões de freguesias dizem ter sido com um “sentimento de surpresa” que tomaram conhecimento do anúncio feito pela Câmara de Évora para atualização e reforço do programa de limpeza e higiene pública. Um anúncio feito por comunicado e, recorde-se, também numa conferência de imprensa de cuja realização só foram informados alguns meios de comunicação social.

“É surpreendente”, diz o documento subscrito pelos 12 presidentes, “que a Câmara Municipal só agora tenha decidido despertar para um problema que as juntas e uniões de freguesia têm vindo a alertar há tanto tempo”, desenvolvendo “esforços constantes para chamar a atenção para a degradação dos serviços de limpeza, e para o aumento dos depósitos ilegais de monos no espaço público”.

Ao longo dos anos, as freguesias dizem ter enviado comunicações e apresentado propostas concretas que “na maioria das vezes foram ignoradas” pelo Município. “Para além do aumento dos depósitos ilegais, a degradação do serviço de recolha de lixo e de resíduos volumosos põe em causa a saúde pública e a imagem do concelho e especialmente da cidade que em 2027 será Capital Europeia da Cultura”, assinalam.

Dizendo sempre ter mostrado “disponibilidade” para “articular, cooperar e trabalhar com o Município na resolução deste problema”, os autarcas revelam que nos últimos meses têm recebido “numerosas queixas da população sobre a crescente acumulação de monos nas ruas e espaços públicos”, sendo que estes resíduos “não apenas prejudicam a estética do nosso território, mas também constituem um risco à saúde pública e ao meio ambiente”. 

“Que fique também bem claro”, prossegue o documento, “que esta tomada de posição não é contra ninguém, nem é uma tomada de posição política, é sim uma tomada de posição de todos os presidentes de junta e uniões de freguesia, em defesa dos nossos fregueses, do nosso território e do bem-estar de todos, face a um problema que se tem vindo a agravar e que atualmente está descontrolado”. Daí o apelo para a tomada de “medidas imediatas e eficazes” por parte da Câmara.

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