Évora: José Luís Carneiro quer retorno económico do investimento na defesa

O candidato a secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, avisou ontem que o reforço do investimento que for feito na área da Defesa deve "contribuir para o desenvolvimento da economia e para a coesão territorial".

“O investimento que venha a ser feito em defesa deve contribuir para o desenvolvimento da economia e para a coesão territorial”, afirmou José Luís Carneiro, à entrada para uma sessão de apresentação da sua candidatura em Évora.

Questionado pelos jornalistas sobre o reforço do investimento na Defesa acordado na cimeira da NATO, o candidato único à liderança socialista começou por dizer que espera o contacto do primeiro-ministro, após uma primeira reunião sobre o assunto.

Segundo José Luís Carneiro, na reunião realizada na semana passada, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, transmitiu que “iria defender os 2% de investimento no Pilar Europeu de Defesa” e que, após a cimeira, voltaria a reunir-se com os partidos”.

“Deveríamos aproveitar esta opção política da União Europeia para podermos investir na modernização tecnológica da nossa economia, na diversificação da base produtiva e na absorção de recursos humanos altamente qualificados nestes setores”, disse.

Insistindo que este aumento do investimento em Defesa deve ser feito “de modo a que contribua para o desenvolvimento”, o candidato apontou igualmente para a necessidade de contribuir para a modernização e mobilização de vários sectores.

“Não apenas do Estado, mas também do nosso sistema científico nacional e da base produtiva entre as pequenas e médias empresas, que contribuem para o emprego e para a coesão territorial”, salientou.

No discurso que proferiu durante a sessão com militares socialista em Évora, José Luís Carneiro voltou a falar do reforço do investimento na Defesa, esclarecendo que o PS é favorável, ainda que com algumas condições. “Sim, mas é necessário dialogarmos para verificarmos se se tratar de uma oportunidade que o país vai aproveitar ou de uma oportunidade perdida de modernização da economia, da sociedade, do Estado e das suas próprias capacidade”, sublinhou.

Carneiro indicou que esse reforço, se alcançar os 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, com que se comprometeu o primeiro-ministro, “representará entre 1,5 mil milhões de euros e 1,8 mil milhões a mais”, acrescentando que esse “esforço financeiro deve ter um retorno na promoção do desenvolvimento económico e da coesão territorial e social do país, diversificando e inovando as estruturas económica e produtiva e, simultaneamente, absorvendo os recursos humanos mais qualificados”.

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