Évora-Monte e Veiros com extensões de saúde financiadas pelo PRR

A Câmara de Estremozabriu concurso para a construção de novas extensões de saúde em Évora-Monte e Veiros, projetos que envolvem um investimento global superior a meio milhão de euros. Ana Luísa Delgado (texto) e Gonçalo Figueiredo (fotografia)

Se os concursos decorrerem como previsto e os prazos para a execução das obras não derraparem, as novas extensões de saúde de Évora-Monte e de Veiros poderão ser inauguradas ainda este ano, ou logo no início de 2025. Os concursos estão lançados. No primeiro caso trata-se de um investimento de 257 mil euros, no segundo de 264 mil, em obras financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A ideia é assegurar a existência de “melhores condições de acesso aos cuidados de saúde primários” e melhorar as “condições de acessibilidade e de qualidade” para utentes e profissionais de saúde.

A construção das extensões decorre da delegação de competências na área da saúde para o Município de Estremoz, em maio de 2022. “Na altura”, lembra a vice-presidente da Câmara, Sónia Caldeira, “foi feito um levantamento da situação existente, tanto a nível dos edifícios como dos equipamentos e foi reconhecida a necessidade de construir estas duas novas extensões de saúde, pois as existentes não reúnem condições de dignidade” para a prestação de cuidados de saúde.

Os projetos foram feitos pelo Município e a obra candidatada ao PRR embora com um valor inicial que se revelou “manifestamente insuficiente para a construção” das novas extensões de saúde. Revisto o preço, houve também necessidade de “rever a execução física” dos projetos. “As empreitadas estão lançadas e contamos começar a avaliar os procedimentos concursais relativos à extensão de Évora-Monte, que foi a primeira a avançar”, acrescenta Sónia Caldeira.

À semelhança de outras extensões de saúde financiadas pelo PRR, as de Évora-Monte e Veiros serão pré-fabricadas, pois “existe um conjunto de obrigações a nível da certificação energética que tem de ser cumprido”, explicou a vice-presidente em reunião de Câmara, referindo que este tipo de construção, por módulos, representa também um “financiamento mais baixo” do que o dos edifícios tradicionais.

“Será um modelo mais evoluído, que dá resposta a todas as necessidades, quer a nível de gabinetes médicos e de enfermagem, quer de espaço de receção para os utentes”, garante Sónia Caldeira, considerando tratar-se “da melhor solução no que diz respeito à relação qualidade/preço”.

OUTROS INVESTIMENTOS

Na área da saúde há outros investimentos previstos para Estremoz. “Foram identificadas necessidades de requalificação do Centro de Saúde”, diz a vice-presidente da Câmara, revelando que essa intervenção ficou inicialmente atribuída à Administração Regional de Saúde do Alentejo, cujo processo de extinção está a decorrer, devendo agora ser atribuída à Unidade Local de Saúde do Alentejo Central.

No levantamento inicial, aquando da delegação de competências na área da saúde, foi também identificada “a necessidade de pequenas intervenções” em todas as outras extensões de saúde, também já candidatas a financiamento pelo PRR. 

“O aviso de abertura tinha apenas 30 mil euros para todas as extensões de saúde… Arcos, por exem- plo, tinha o valor irrisório de 1500 euros, o que dá para mudar uma janela. A nossa candidatura envolve uma execução financeira na ordem dos 90 mil euros. Avançaremos se a candidatura for aprovada”, conclui.

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