Exportações de azeite português ultrapassam mil milhões de euros

Portugal volta a quebrar barreiras no setor oleícola: em 2024, as exportações de azeite voltaram a ultrapassar a marca dos mil milhões de euros, consolidando um desempenho histórico pelo segundo ano consecutivo e reforçando o estatuto do país como um dos principais produtores e exportadores mundiais.

As exportações de azeite português ultrapassaram, em 2024, a marca histórica dos mil milhões de euros pelo segundo ano consecutivo, consolidando o estatuto de Portugal como um dos grandes players mundiais do setor. O feito é celebrado como “histórico” por Gonçalo Morais Tristão, presidente do Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL), que destaca a importância do desempenho sustentado das exportações — tanto a granel como embaladas.

“É histórico porque ultrapassarmos a barreira dos mil milhões de euros, ainda por cima em dois anos consecutivos, é muito importante para o setor”, frisou o responsável, em declarações à agência Lusa.

O azeite a granel segue maioritariamente para os mercados de Espanha e Itália, enquanto o azeite embalado, com marca portuguesa, tem como principal destino o Brasil.

Segundo dados recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), a campanha 2024/2025 registou um aumento de produção na ordem dos 10% face ao ano anterior, atingindo as 177 mil toneladas. É o segundo melhor ano de sempre, com uma produção estimada de quase dois milhões de hectolitros.

Este crescimento permitiu também uma descida nos preços ao consumidor, após a subida acentuada registada no ano passado. A redução ronda os 40% no azeite virgem extra, o que poderá impulsionar novamente o consumo.

“A alta de preços provocou alguma retração no consumo, que a produção não deseja. Por isso, a descida pode ser positiva, desde que os preços continuem a cobrir os custos de produção”, alertou Morais Tristão.

Portugal é atualmente o sexto maior produtor de azeite a nível mundial e o terceiro maior exportador europeu. A liderança nacional do setor continua a assentar fortemente no Alentejo, responsável por quase 90% da produção do país.

Este cenário de crescimento sustentado será um dos temas em destaque no Congresso Nacional do Azeite e na Feira Nacional de Olivicultura (FNO), que decorrem a partir de quinta-feira em Campo Maior, distrito de Portalegre. A feira, que regressa após quase duas décadas de ausência, contará com cerca de 50 expositores e um programa que alia conhecimento, cultura e gastronomia. Já o congresso reunirá mais de 30 oradores nacionais e internacionais para discutir os desafios e as oportunidades do setor.

O evento, promovido pelo CEPAAL e pelo município de Campo Maior, tem o Alto Patrocínio do Presidente da República e marca um novo ciclo de valorização da fileira do azeite português.

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