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FAP não confirma (para já) mudança de Campo de Tiro para o Vale do Guadiana

A construção do novo aeroporto de Lisboa em Alcochete irá obrigar ao encerramento do campo de tiro. Uma das alternativas referidas tem sido o Vale do Guadiana. Mas a Força Aérea avança ao Alentejo Ilustrado que nada está decidido. Luís Godinho

Na resposta a um conjunto de questões da Alentejo Ilustrado sobre a hipótese da “relocalização” do Campo de Tiro atualmente instalado em Alcochete acontecer para o Vale do Guadiana, numa área identificada pelo menos desde 2007 e que abrange os concelhos de Mértola e de Serpa, a Força Aérea Portuguesa (FAP) diz que nada está ainda decidido.

Fonte oficial lembra que a decisão do Governo sobre a construção do novo aeroporto de Lisboa na área do Campo de Tiro de Alcochete “é recente”, e refere que a relocalização desta unidade “está sob responsabilidade” do Ministério das Infraestruturas.

“É importante que a Força Aérea mantenha a atual capacidade operacional, nomeadamente as carreiras de tiro que o Campo de Tiro oferece, mais concretamente a relacionada com tiro ar-solo”, acrescenta a mesma fonte, assegurando que a FAP “nesta, como noutras circunstâncias, será sempre parte da solução, pelo que aguarda este assunto com serenidade”.

Às Câmaras de Mértola e de Serpa não chegou ainda qualquer informação sobre o tema. Mas a hipótese da instalação do campo de tiro no Vale do Guadiana tem sido sistematicamente referida ao longo dos anos. Em 2019, por exemplo, o general Manuel Teixeira Rolo, à época chefe do Estado-Maior da Força Aérea, chegou a quantificar em 250 milhões de euros o investimento para transferir o Campo de Tiro de Alcochete para Mértola e Serpa. 

Numa audiência parlamentar, Manuel Teixeira Rolo assegurou que, apesar de a Força Aérea poder “melhorar os circuitos de utilização de Alcochete para os [aviões] F16”, o aumento de tráfego aeroportuário obriga a “encontrar uma solução de transição para acautelar o campo de tiro”. E foi claro: “Tem de se encontrar outras instalações que até já estão identificadas e cujo custo é conhecido”. Ou seja: Mértola. Em 2023, o Diário de Notícias citava fontes militares segundo as quais “nenhuma outra localização foi estudada”. Ou seja, que essa é mesmo a “única alternativa” sobre a mesa.

Já anteriormente, em julho de 2007, fontes militares indicavam à Lusa que Mértola “era uma alternativa a estudar”, tendo em conta “as características do terreno e baixa densidade demográfica”, sendo que qualquer opção terá de permitir a operação de “aeronaves táticas voando a alta velocidade, manobrando e largando bombas reais”. Acresce que o Exército tem instalado em Mértola um campo militar com 439 hectares destinado à realização de exercícios.

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