Funcionando como um agente de desenvolvimento e dinamização cultural, o FITA decorre até final do mês em toda a região.
Nesta XII edição, o festival conta com grupos oriundos de vários pontos do mundo. Sendo um evento de perfil ibero-americano, procura igualmente trazer companhias da América Latina. Destaca-se, este ano, a presença do Chile, país convidado, bem como a participação de grupos da Argentina, Brasil, Honduras e Espanha, entre outros. Este tipo de festival possibilita a circulação de companhias pela região, o que, sem a sua realização, seria particularmente difícil.
António Revez, diretor do FITA, afirma que este “é um momento único para que o público possa assistir a espetáculos internacionais de teatro. É um momento importante na dinamização da fruição cultural e artística na região do Alentejo”.
O diretor artístico do festival sublinha que a qualidade dos espetáculos é essencial, assim como a sua diversidade. E acrescenta: “O FITA acaba por não ter uma coerência estética, nós tentamos programar espetáculos que vão ao encontro dos vários públicos que existem na região, quer o público mais urbano, quer o público mais rural, quer o público mais jovem. Assim sendo, nós temos sempre uma programação eclética que vai ao encontro desses vários públicos”.
Este é um festival pensado para as pessoas, com o objetivo de “proporcionar ao público da região espetáculos de muita qualidade, oriundos de países estrangeiros, para além de uma programação nacional que também temos em destaque. Nós nunca quisemos sair da região, nunca quisemos realizar este festival noutra região do país que não fosse o Alentejo.”
Durante os dias do festival, a Galeria do Desassossego será o ponto de encontro entre o público e os artistas participantes. António Revez considera este espaço ideal para discutir e refletir sobre os resultados eleitorais do passado domingo.
“Pensamos, também, que uma boa maneira de repensar a nossa sociedade, de repensar a nossa política, é de alguma forma através da arte. A arte, nomeadamente o teatro, é integradora, é coletivista, é uma arte de partilha, de comunhão. Pensamos que nestes tempos em que o ódio prevalece sobre a amizade, sobre a compreensão e a tolerância, ir ao teatro faz-nos bem, é saudável e de salutar”, refere.
O objetivo é envolver o público nesta iniciativa, “que muita gente vá ao teatro e que possa refletir e pensar na sociedade que queremos construir”.