Focos de peste na Grécia e Roménia preocupam produtores de ovinos

A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) pediu o reforço de medidas preventivas depois de focos da peste dos pequenos ruminantes, que afeta cabras e ovelhas, terem sido detetados na Grécia e na Roménia.

De acordo com a DGAV as exportações e a circulação de pequenos ruminantes está proibida na Grécia e na Roménia depois de terem sido identificados vários focos da peste dos pequenos ruminantes. No caso da Grécia, onde a existência de casos foi “notificada” a 11 de julho, a doença já se encontra disseminada por cinco regiões. No da Roménia há registo de 56 focos em caprinos e ovinos de quatro regiões.

Uma nota hoje divulgada pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) indica que os serviços veterinários destes países “adotaram as medidas de controlo” previstas a nível europeu, designadamente “o abate de todos os animais, a correta eliminação dos cadáveres e de outros subprodutos e a limpeza e desinfeção das explorações afetadas, bem como a destruição de todos os produtos suscetíveis de estarem contaminados” com o vírus causador da doença.

Foram igualmente criadas zonas de proteção e de vigilância em redor dos diversos focos, com “restrições à movimentação dos animais, de produtos e subprodutos, vigilância clínica e recolha de amostras nas explorações com animais suscetíveis” à doença.

Ainda assim, a DGAV solicitou o reforço das medidas preventivas, “de forma a evitar a introdução do vírus” da peste dos pequenos ruminantes em território nacional, lembrando ser obrigatória a notificação de qualquer caso suspeito e apelando ao uso da aplicação de notificação imediata de mortalidade de animais selvagens para a notificação de ruminantes selvagens encontrados mortos em espaços naturais.

De acordo com a DAV, trata-se de “uma das mais importantes doenças em termos económicos, nas áreas que dependem da produção de pequenos ruminantes”, com uma taxa de mortalidade superior a 50 por cento dos efetivos, sendo que os focos “tendem a estar associados ao contacto entre animais suscetíveis e animais provenientes de áreas endémicas”.

A doença, que não é transmissível aos seres humanos, “nunca ocorreu em Portugal”.

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