O incêndio rural foi dado como dominado às 07h25 de hoje. De acordo com o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo, Rui Conchinha, deverá ter consumido uma área de mil hectares, embora a área ardida ainda possa vir a aumentar tendo em conta que “a ocorrência ainda não fechou”.
“Continua a ser um teatro de operações preocupante pela sua dimensão e também pelo potencial de risco que tem para poder reativar, não só por aquilo que vão ser as condições meteorológicas, que tendem sempre a agravar-se durante o dia, com aumento da temperatura e com vento, mas também pela orografia naquele local, que não é nada facilitadora”, descreveu.
Além dos danos patrimoniais em termos florestais, algumas infraestruturas agrícolas foram afetadas, bem como uma oficina com maquinaria agrícola, que também foi parcialmente destruída pelas chamas.
Segundo Rui Conchinha, “acabou por não ser nenhuma habitação propriamente dita” afetada pelas chamas, como inicialmente tinha sido indicado pelas autoridades. “No que diz respeito aos desalojados, há uma cidadã identificada a nível local, que vivia aparentemente em tenda ou algo parecido e acabou por ser retirada pelas forças de segurança para não correr risco, uma vez que tinha alguma fragilidade naquilo que era a sua habitação”, explica.
As autoridades evacuaram na terça-feira à tarde as aldeias de Pé da Serra e São Simão e parcialmente a aldeia de Vinagra, em Nisa, na sequência do incêndio rural que deflagrou na serra de São Miguel.
Fotografia | Estela Silva/Lusa (arquivo)