Foros do Mocho: Eurodeputada do PCP questiona Bruxelas

A eurodeputada comunista Sandra Pereira questionou a Comissão Europeia sobre a reconstrução do pontão de Foros do Mocho, no concelho de Ponte de Sor, que foi destruído pelas intempéries ocorridas em dezembro de 2022.

Sandra Pereira quer saber se a Comissão “tem conhecimento” do problema e se foram “mobilizados apoios” da União Europeia “para intervir nesta ponte com vista à sua rápida reconstrução”. Quer ainda saber que meios podem ser mobilizados para esse fim.

No preâmbulo da pergunta, a eurodeputada diz que numa recente deslocação ao distrito de Portalegre se deparou “com o descontentamento das populações da freguesia de Montargil que continuam à espera da reconstrução do pontão de Foros do Mocho”, sendo que esta situação “tem impactos significativos na vida e na mobilidade” das populações, em particular dos residentes nas localidades de Foros do Mocho e de Montargil. A viagem, pela Estrada Nacional 2, obriga agora a um percurso de 15 quilómetros, demorando cerca de 20 minutos. São mais quatro quilómetros do que antes da destruição do pontal. E quase o dobro do tempo.

Quem circula entre as duas terras, acrescenta Sandra Pereira, vê-se obrigado “a recorrer a uma estrada muito precária, insegura, com um desgaste maior das viaturas, para além do tempo da viagem, que é mais longa”, sendo que a Câmara de Ponte de Sor “tem argumentado que desconhece quem é o proprietário da ponte, ainda que as estradas que liga sejam municipais”.

No entanto, numa nota publicada na sua página de internet, a Câmara de Ponte de Sor refere ter aprovado, no passado dia 27 de março, o lançamento de um concurso público no valor de quase 1,2 milhões de euros para a empreitada de reabilitação do troço da estrada e açude de Foros do Mocho, depois de em fevereiro o Ministério das Finanças ter aprovado “a transferência do montante necessário” para a realização da obra, cujo montante obrigou à obtenção de “visto” do Tribunal de Contas. 

A autarquia lembra que o açude sobre o qual assenta o caminho que permite o acesso a Foros do Mocho, “foi severamente danificado, obrigando à interrupção da estrada nesse troço, que acabou por ficar suspensa, ruindo nessa sequência, colocando a povoação numa situação de isolamento quase integral”. 

“Atualmente”, explica, “o acesso viário processa-se quase exclusivamente” por um percurso alternativo construído pelo Município, “cujas características, não são naturalmente as ideais”, tanto pelo seu “carácter provisório” como pelo traçado percorrer terrenos privados integrados na Rede Natura 2000 e na zona de proteção da albufeira do Maranhão, o que “impede intervenções de caracter mais definitivo, nomeadamente a aplicação de uma solução asfáltica”.

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