Uma creche, habitações colaborativas para pessoas vulneráveis e um serviço de apoio domiciliário vão ‘nascer’ em Borba, enquanto para a aldeia de Pardais, no concelho de Vila Viçosa, está projetada uma unidade de cuidados paliativos.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Fundação Unitate, Tiago Abalroado, indicou que as empreitadas estão incluídas num único concurso público, cujo prazo para apresentação de propostas já terminou.
“Estamos agora na fase de análise das propostas, que terminará na quarta-feira”, explicou, referindo que o vencedor do concurso público será escolhido no final desta semana, para que a obra possa ser consignada e arranque no início de setembro.
Segundo o responsável, a creche, as habitações e o serviço de apoio domiciliário implicam um investimento de 2,5 milhões de euros, enquanto a unidade de cuidados paliativos envolve 2,3 milhões, sem contabilizar o Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA).
A creche, com lotação para 80 crianças, as habitações para 17 pessoas e o serviço de apoio domiciliário, com capacidade para servir 110 utentes, vão ‘nascer’ da requalificação de parte do edifício da Unitate Campus, sede da fundação em Borba, precisou.
As habitações colaborativas, notou, são “uma resposta residencial em apartamentos [das tipologias] T0 e T1, que supõe uma habitação em comunidade”, com vários serviços de apoio, e destinam-se a pessoas mais vulneráveis.
“As pessoas podem fazer uma vida completamente independente, mas têm um conjunto de serviços partilhados, como restaurante, salas de convívio, zonas comuns, horta comunitária, ginásio, sala de informática ou lavandaria”, refere Tiago Abalroado.
Já a unidade de cuidados paliativos, com 21 camas, vai ser criada no edifício da antiga escola de Pardais, encerrada há vários anos e que foi comprada pela Fundação Unitate à Câmara de Vila Viçosa pelo valor simbólico de dois euros.
“O projeto era para um lar de idosos, mas, entretanto, apareceu esta oportunidade Plano de Recuperação e Resiliência e fizemos a alteração”, realçou, salientando que esta vai ser a segunda unidade do género no Alentejo Central.
De acordo com o presidente da Fundação Unitate, a criação destas novas respostas sociais é parcialmente financiada pelo PRR, sendo o restante assegurado através de financiamento bancário. O prazo de execução é de 303 dias, estando a conclusão dos trabalhos prevista para o final de junho do próximo ano.