A denominada “Operação Love” foi desencadeada pela GNR e pela polícia espanhola, sob coordenação da Europol, tendo resultado na detenção de sete pessoas e na apresensão de mais de 34 mil artigos contrafeitos, na sua maioria calçado.
Fonte da GNR indica que o inquérito foi iniciado há cerca de um ano, no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Paredes, tendo por objetivo “a investigação de uma organização criminosa internacional, que se dedicava ao fabrico e comercialização ilícita de produtos de vestuário contrafeitos, controlando um circuito de distribuição marginal” em território português e espanhol.
No âmbito da investigação, acrescenta a mesma fonte, “possível perceber” que a organização operava de acordo com um “complexo esquema de remessas de encomendas postais a partir de Portugal, com destino a distribuidores sediados em Espanha, orientado para a dissimulação do conteúdo e ocultação de remetentes e destinatários”.
Com o objetivo de proceder ao desmantelamento das estruturas dedicadas ao fabrico e comercialização dos produtos contrafeitos, bem como a recolha de prova sobre a responsabilidade pela sua operacionalização em toda a sua extensão, a GNR deu cumprimento a 17 mandados de busca, oito dos quais domiciliária, em vários concelhos do Norte do país, tendo apreendido artigos contrafeitos avaliados em mais de 800 mil euros, além de diversa maquinaria utilizada para fabrico e acondicionamento desses artigos, equipamentos informáticos, cerca de 2700 euros em notas e nove veículos de gama média alta.
A GNR revela ainda que oito pessoas, com idades compreendidas entre 32 e os 58 anos, foram constituídas arguidas, tal como duas empresas, “indiciados da prática de factos suscetíveis de consubstanciar os ilícitos criminais de contrafação, fraude fiscal qualificada, associação criminosa e branqueamento de capitais”.
Já em Espanha, a polícia efetuou mais oito detenções e apreendeu artigos no valor de meio milhão de euros, tendo ainda procedido ao arresto de contas bancárias e ao bloqueio de dez perfis nas redes sociais onde era feita a venda dos produtos.
Fotografia: ©Arquivo/GNR