Em comunicado, o deputado do PSD eleito por Beja explicou que o Ministério das Finanças colocou no Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), já aprovado na generalidade no parlamento, apenas “as obras que estão em curso ou podem iniciar em 2026”.
“No caso do Hospital José Joaquim Fernandes [em Beja], temos aprovado o perfil assistencial e reorganização do programa funcional” e “temos o despacho do Ministério da Saúde a autorizar a Unidade Local de Saúde (ULS) do Baixo Alentejo a constituir o júri para analisar o projeto de arquitetura, o que também já está concretizado”, acrescentou.
Segundo o deputado, “em 2026, será aberto o concurso para a elaboração dos projetos de arquitetura”, sendo que “a obra propriamente dita só [se iniciará] em 2027, depois do concurso adjudicado para a sua execução”.
Gonçalo Valente reagia, desta forma, às críticas do parlamentar do PS eleito também por Beja, Pedro do Carmo, que exigiu, na terça-feira, explicações do Governo explicasse sobre a razão pela qual a segunda fase de ampliação do Hospital de Beja não surge no OE2026.
“É urgente e necessária uma justificação para esta situação”, até porque as “consequências são gravíssimas”, frisou o deputado do PS.
Na resposta, o eleito do PSD defende a necessidade de “mais contenção em temas estruturais”, sob pena de deixar “os baixo-alentejanos apreensivos”. E acrescenta: “É necessário, também, quando falamos de assuntos desta magnitude, tirar as dúvidas que existirem junto de quem pode esclarecer, antes de espalharmos o pânico nas pessoas e de propagar inverdades”.
De acordo com Gonçalo Valente, “a ampliação e a requalificação do Hospital de Beja não precisam de estar no articulado, nem no relatório do OE” pois a verba já foi cabimentada em 2025 e os projetos previstos “serão pagos pelo orçamento da ULS do Baixo Alentejo e não têm qualquer impacto no próximo orçamento”.
O deputado diz ainda que “o único caso que poderia ser comparável” com o de Beja é o Hospital de Barcelos, “mas ainda assim não é sério fazê-lo, a partir do momento em que este projeto já se encontra mais adiantado”.
Em agosto de 2024, a ULS do Baixo Alentejo revelou que a requalificação e ampliação do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, tinha um custo previsto de 118 milhões de euros e que as obras poderiam começar no segundo semestre de 2026. Os dados constavam dos estudos técnicos de suporte ao projeto .
Texto: Alentejo Ilustrado/Lusa | Fotografia: D.R.











