Governo cede terreno para Escola de Saúde da Universidade de Évora

O primeiro-ministro anunciou que o Estado vai disponibilizar um terreno próximo do Hospital Central do Alentejo para a Universidade de Évora construir o seu polo de saúde. A revelação foi feita por Luís Montenegro durante a inauguração do complexo 3.0 do Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia (PACT), em Évora.

O chefe de Governo lembrou que esta é uma ambição que a Universidade há muito persegue e “uma oportunidade de dinamizar o nosso tecido de conhecimento na área da saúde, de atração de estudantes, porque outro fator de atração de capital humano são as respostas em serviços públicos essenciais”, como a saúde, a habitação e a educação.

O futuro pólo integrará o novo Hospital Central do Alentejo, a Escola Superior de Enfermagem São João de Deus e a Escola de Saúde e Desenvolvimento Humano, “com benefícios para a dinâmica da região, para o hospital e para a universidade”, representando “um novo elemento de atratividade e fixação de investigadores e de profissionais de saúde, motivados por melhores condições de trabalho e de desenvolvimento”. 

No terreno de 75 hectares da Quinta da Latoeira serão instalados diversos equipamentos, incluindo o edifício onde irá funcionar o curso de Medicina da Universidade de Évora (UE).

“O último ato que pratiquei em Lisboa antes de vir para aqui foi autorizar, e com isso concluir o processo de aprovação, o direito de superfície, pelo prazo de 50 anos, de uma parcela de terreno, propriedade do Estado, a Quinta da Latoeira, que são 75 hectares, para permitir a construção do Polo da Saúde da UE”, disse Luís Montenegro, sublinhando tratar-se de “uma ambição antiga” da universidade e de uma “oportunidade para dinamizar o nosso tecido de conhecimento na área da saúde”, mas também a atração de estudantes e uma forma de potenciar “mais capacidade de resposta” na área da saúde.

“Estou convencido que, para a região, para o hospital, para toda a dinâmica que se quer criar na região, para acreditar que ela pode vir a ser efetivamente exatamente o contrário que outros vaticinaram no passado, este passo também será importante”, acrescentou.

Já sobre o PACT, Luís Montenegro considerou que projetos como este, que reúnem autarquias, instituições de ensino superior e empresas “permitem atingir níveis de coesão social e territorial que criem uma dinâmica que evite o despovoamento e o definhamento socioeconómico das regiões”.

“Só podemos enfrentar o fenómeno de deslocalização humana para as regiões mais desenvolvidas, se tivermos economia, se formos competitivos, e, para sermos competitivos, se fizermos melhor que os outros, e, para fazer melhor, se investirmos no conhecimento, na ciência e na inovação, e fizermos isto tudo em relação com as forças da comunidade”, sublinhou o primeiro-ministro, acrescentando que vê neste projeto “«o desígnio nacional de reter, manter e tirar proveito no nosso talento, dos nossos jovens, dos que temos cá e não queremos ver partir, e dos que somos capazes de atrair do estrangeiro”.

O Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia tem 64 empresas, com 450 empregos e mais 100 em perspetiva, que realizaram 50 milhões de euros de faturação no ano passado, quase todas trabalhando com tecnologias de ponta de nível europeu e mundial.

Fotografia: ©Município de Évora

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