De acordo com o Ministério das Infraestruturas, modernização da Linha do Alentejo não seria incompatível com a circulação ferroviária. As obras irão conduzir ao encerramento da linha durante, pelo menos, 21 meses. Não se trata de uma inevitabilidade, mas de uma opção que pondera custos e prazo de execução.
“Não obstante existir a possibilidade de realizar a obra sem proceder à suspensão integral da circulação ferroviária, esta opção teria um impacto negativo muito elevado no custo e prazo da obra, a que acresce a elevada probabilidade da existência de atrasos nos serviços ferroviários”, refere o gabinete do ministro Miguel Pinto Luz na resposta a uma pergunta apresentada por deputados socialistas.
Na mesma resposta, o Governo indica que um cenário de manutenção da linha em exploração durante esse período conduziria ao “aumento significativo da imprevisibilidade numa obra de elevada complexidade”, o que “aumentaria a probabilidade de atrasos”.
Por outro lado, “as soluções construtivas seriam mais exigentes e especializadas, sendo o desenvolvimento dos trabalhos fortemente condicionados, uma vez que seriam utilizados meios auxiliares de construção que requereriam a existência de limitações à velocidade de circulação e, pontualmente, a adoção de estruturas de suspensão de via e um aumento das restrições da circulação ferroviária”.
O Ministério das Infraestruturas refere ainda que durante o período de encerramento da linha ferroviária “será criado um serviço rodoviário entre Casa Branca e Beja, que servirá todas as estações e apeadeiros em serviço, nas mesas condições e acessibilidades”. Garante o Governo que se trata, do ponto de vista social, de uma solução “adequada à satisfação das necessidades das populações”.
“Todos os trabalhos estão planeados no sentido de as obras estarem concluídas no prazo estimado, estando os riscos associados à execução da obra muito mitigados pela opção de suspensão completa da circulação”, indica ainda a resposta às questões dos deputados socialistas, que admitiam a possibilidade de realizar os trabalhos durante a noite e noutros períodos sem circulação ferroviária, mantendo as ligações existentes.