A conversa, aberta a todos os interessados, será contextualizada por Ana Barbosa, empresária do sector turístico e membro da plataforma Juntos Pelo Divor, e por Nuno Lecoq, engenheiro agrónomo e arquitecto paisagista.
O Pro-Évora lembra que as duas megacentrais solares, contíguas e ocupando uma área de cerca de 650 hectares, estão projectadas para um território “com elevada sensibilidade patrimonial”, numa “paisagem cultural rara”, de acordo com os estudos do seu impacte ambiental.
Segundo estes estudos, prossegue, os megaparques fotovoltaicos, em plena bacia hidrográfica da albufeira do Divor, “provocarão danos muito significativos ou mesmo irreversíveis na geomorfologia, na biodiversidade, no uso dos solos, no enquadramento do património histórico e arqueológico, na qualidade visual da paisagem”.
Ainda de acordo com o grupo de defesa do património, “estes impactes negativos afetarão a população residente e inviabilizarão o desenvolvimento assente nos recursos paisagísticos, patrimoniais e culturais, e as actividades económicas a eles ligadas”.
Em debate estarão temas como a importância da paisagem, do património histórico, da biodiversidade, da utilização dos solos, da economia sustentada nas características dos territórios, para Évora e para a vida das suas comunidades.
Segundo o Pro-Évora, a intenção “não é questionar as energias renováveis, indispensáveis para a necessária transição energética, mas sim a instalação de megacentrais fotovoltaicas na zona prevista e a vastíssima área que poderão ocupar”.